Tiffany Young segue servindo gay anthems nos Estados Unidos com “Run For Your Life”

Diferente de alguns ex-colegas de trabalho mendigando por umas vendas a mais nos Estados Unidos, Tiffany Young vem pegando tudo que a vida lhe deu depois de seu primeiro EP e dando boas faixas para seus gays fãs. Começou com a maravilhosa “Magnetic Moon” que ela lançou antes de começar a tour e, hoje, ela segue mantendo o nível com “Run For Your Life”

Mais uma vez Tiffany pesou demais a mão na hora de processar o vocal para essa música, e é algo que estou começando a aceitar por ver que deve ser esse o sacrifício que deve ser feito se eu quero que ela continue com os bops synth/house. Diferente da maioria não acho o timbre da Tiffany tão incômodo assim para não sustentar uma música sozinha (As high notes são de doer mesmo, agora o vocal como um todo é bem agradável pra mim), mas por um outro lado não é como se ela tivesse servindo hinos antes dessa digital distortion né. O processador em “Run For Your Life” não combinou tanto como em “Magnetic Moon” mas não foi tão ofensivo quanto em “Born Again”, então ok.

No mais, “Run For Your Life” é uma ótima faixa. Mais uma vez a parceria Tiffany + Garibay deu certo e a gata resolveu servir o mais puro house para os viadinhos das botaes por aí. Muitos compararam com a Lady Gaga dos primeiros álbuns, mas como a Joanne levou essa daí eu acabei lembrando mais uma linha Todrick Hall quando ouvi pela primeira vez. Além disso essa guitarrinha no refrão me lembrou aquela música do White Stripes que todas conhecem e eu fiquei “yass tiffany slay!!!!” como se ela tivesse reinventado o pop. Esse vocal procesadíssimo deixa tudo meio que gritando 2012 mas ainda é o tipo de faixa que bate ponto na minha playlist então… ok também.

O Jack White já matou a “irmã” de vez com o próprio ego ou a relação tá mais pacífica?

Outra coisa comentável é o MV que faz bom uso dos 75 reais de orçamento. Tenho quase certeza que mudaram os responsáveis pela produção dos MVs dela, e se foi isso mesmo graças a deus que fizeram isso pois é nítido que as ideias estão mais criativas e as referências rendem um bom conteúdo. ela está linda, a coreografia está legal, é sempre ótimo ver gays fazendo voguing em um vídeo e ela está maravilhosa seguindo figurinos direto de algum armário de drag queen. Só não entendi esse enquadramento 4:3 do vídeo (Geralmente é usado para dar aquele efeito de tv velha em vídeo retrô, mas não é o caso aqui) mas ainda me entreteu muito. Fico muito feliz que finalmente essa carreira americana da Tiffany colou comigo, e esse upgrade é muito bem vindo para todo mundo de forma que talvez essa jornada faça da Tiffany uma Carly Rae Jepsen da vida onde não passa nem perto dos charts mas passa a ser aclamada pelas gays cult pitchfork (Hey, that’s me!!) da internet (Ou a maioria delas, pelo menos)