Apink segue fazendo mais pelos gays do que o atual governo com “Dumhdurum”

Mais de 1 ano depois da eterna %%, Apink está de volta com a mais nova tentativa de acabar com a homofobia e dar direitos básicos para gays que não pedem nada mais que um popzão para coreografar e fazer carão facilmente em qualquer festinha de Kpop com “Dumhdurum”. E elas, mais uma vez, fizeram tudo:

Sendo direto ao ponto: Não acho essa música melhor que “%%”, mas rolou um impacto parecido. Se Eung Eung surgiu quebrando barreiras logo no início de janeiro (Que normalmente é bem morno por conta da temporada de premiações e festivais de fim de ano), “Dumhdurum” veio num momento bem atípico que forçou o Kpop a desacelerar as coisas. Então mesmo não achando do mesmo nível, esse comeback ainda me deu a mesma sensação de “AI MEU DEUS QUE HINO SALVOU MINHA VIDA CUROU MINHAS ENFERMIDADES” que nem a maioria dos outros gays recebeu, sei lá, “Rajadão” da Pabllo Vittar na primeira vez que ouviu.

Sobre a música, Apink segue com a pegada mais sofisticada/música boa pra fazer catwalk e pose que o grupo vem proporcionando desde o revamp, e tudo isso graças ao Black Eyed Pilseung que assina em todos os singles do grupo desde “I’m So Sick”. Quem diria né, há alguns anos atrás eles eram conhecidos só por servir as mais meia boca do início de carreira do TWICE mas agora são os grandes nomes por trás da mudança de imagem mais efetiva em termos de qualidade no Kpop desde quando o Girl’s Day com “Expectation”. O synth dos versos é muito agradável e quando a música parece que vai virar um batidão glorioso ela surpreende e entrega um refrão sofisticadissimo apoiando nos vocais de anjo da Bomi e Namjoo. Falando em vocais, acho que essa é a música mais agradável de ouvir as vozes das meninas, é tudo muito prazeroso e ninguém ali parece avulsa no conjunto. O que faz “Eung Eung” ser melhor pra mim é o ritmo mais dinâmico, mas essa coisa mais controlada que adotaram em “Duhmdurum” funciona muito bem também, e o fato de ter algo nessa música me lembrando “Guerilla” do Oh My Girl (Que segue imbatível como a melhor faixa pro Queendom) me faz amar ainda mais isso aqui. Zero defeitos para esse comeback.

Essa repaginada do Apink é muito legal de ver pois me faz pensar como o Kpop ainda pode me surpreender. Grupos nos quais eu não dava mais nada, de repente, começam a servir o pop que eu quero e aí me sinto na obrigação de enaltecer pois nunca é tarde demais, e quando essa transformação faz sucesso as coisas ficam ainda melhores pois você sabe que aquilo ainda vai render muito. Eu só espero que o Apink não demore “tanto tempo” (Entre aspas pois, na real, 1 ano e uns meses nem é tanto tempo quanto a gente faz pensar pra fazer piada com o BLACKPINK) e consiga jogar um segundo comeback ainda esse ano, o que seria muito legal para minha playlist (Já pensou o Apink batendo ponto com DUAS músicas entre as melhores do ano? Que loucura isso, né?).


Hidden gem: Be Myself

Como de costume, esse novo EP do Apink não tem aquela música outstanding ou que tente bater de frente/ser mais memorável que a title track, mas o resultado é um trabalho bem redondinho. A mais legal do EP é “Be Myself” pois as batidas são perfeitinhas para preencher uma playlist mais suave de músicas de verão e o refrão é o mais memorável das album tracks. Nada lá muito impressionante ou que faça você não pensar que já ouviu essa música preenchendo algum outro álbum de Kpop por aí, mas ainda são 3 minutos que você salva para uma música bem agradável e tem vezes que a gente só precisa disso mesmo.

4 comentários sobre “Apink segue fazendo mais pelos gays do que o atual governo com “Dumhdurum”

  1. Quem diria que as donas de um dos piores repertórios da história do k-pop de repente daria uma guinada de 180 graus e começaria a entregar música boa atrás de música boa?

    A maioria das bandas e cantores (não só na Coreia) costumam começar bem e decair com o tempo. É bacana ver que o Apink está na contramão dessa tendência.

  2. Eu acho a trajetória do apink meio cômica, mas de um jeito triste (falo isso como fãzão do grupo mesmo)… elas entregaram a mesma coisa por 5 anos, e quando pareceu que amadureceriam de vez com only one, a música vende menos que a metade do single anterior. Ainda, no ano seguinte me lançam uma FIVE (aliás foi aí que me tornei fã kekekekke), que rendeu promoções vergonhosas (sério, dá uma mistura de vergonha alheia e dó delas chorando e implorando pra não fazer “aegyo” durante os eventos) e mesmo assim vendeu o dobro de only one.

    Mas, FELIZMENTE, no ano seguinte o contrato inicial encerrou e elas renovaram (obrigado por tudo chorong) e acho que aí a empresa já deu uma liberdade maior pra elas no que diz respeito a imagem e relacionados… e fico ainda mais contente que a coreia comprou a ideia!

    E agora ver que elas conseguiram não só um #1 no melon depois de, sei lá, uns 5 anos, mas estão em primeiro nos charts realtime me deixa de vdd muito feliz.

    Also, sobre o álbum, não achei tão bom como o percent, mas fiquei meio desapontado que só tem 4 realmente novas mesmo depois de mais de um ano de espera (vírgula, pois teve debut solo da hayoung que eu amo de paixão). Essa Be Myself e Love Is Blind são músicas de sub-unit que foram apresentadas no concerto delas desse ano. Be Myself é Eunji, Chorong e Namjoo; e Love Is Blind é Naeun, Bomi e Hayoung. Não que alguém se importe, mas minha favorita do álbum é Love Is Blind.

    Perdão pela bíblia escrita :s

  3. sendo bem honesta, nenhuma parte da carreira do apink antes desse revamp chamava minha atenção. achava um aegyo chato, genérico e conteúdo pra fanboy safado. esse som delas com eung eung/i’m so sick é tão mais interessante que me faz questionar como demoraram tanto tempo pra finalmente darem músicas decentes a elas. tenho a mesma sensação com o twice, aliás (ainda amando algumas farofassy questionáveis delas). com esse comeback não seria diferente. espero que continuem com esse som delicoso pra nos sentirmos grandes gostosas sofisticadas. amém.

Os comentários estão desativados.