O que aconteceu em 2020: Oh My Girl

Dezembro é aquele clássico mês no K-pop em que a pauta é escassa pois o pessoal lá está focado em vingar 420 premiações e 78 shows de fim de ano, e os blogueirinhos e youtubers acabam se virando nos 30 para achar alternativas e se esquivar de coisas menos interessantes da época como lançamentos de natal ou qualquer comeback da Taeyeon. Uma dessas alternativas é fazer uma retrospectiva com os eventos que marcaram 2020, e realmente rolaram umas coisas muito legais que valem ser revividas. Então, sempre que eu achar interessante, vou dar uma passeada sobre grandes eventos que marcaram esse ano que, apesar de ser praticamente congelado pelo Covid-19, não fez a indústria parar em nenhum instante.

E o primeiro tópico dessa série de posts especiais não podia deixar de ser o grupo periférico da vez que vingou no mainstream: Oh My Girl.

Para entender como o Oh My Girl virou o grande fenômeno de 2020, precisamos entender que não foi do dia pra noite: O grupo vinha numa crescente devagar não só de fanbase como também com o público geral, se estabilizando no Top 40 dos charts digitais há uns bons anos e vez ou outra pipocando no Top 20, como a “The Fifth Season” linkada acima. Não eram grandes, mas também tinham um apelo do público, o que garantiu a participação do grupo no Queendom em 2019.

No Queendom, o Oh My Girl se destacou MUITO. Vencendo duas das 3 etapas e com apresentações muito legais que geraram uma boa repercussão, o grupo se tornou o queridinho do programa mesmo não vencendo no final. Seria muito difícil bater o Mamamoo no final do Queendom, mas foi a participação mais marcante de lá, o que gerou muita expectativa para o próximo comeback do Oh My Girl. 6 meses depois foi lançado o 7º EP do Oh My Girl, “Nonstop”, assim como a faixa-título que foi lançada como o single principal do comeback.

“Nonstop” é o tipo de “música fácil” que tranquilamente caiu nas graças do público. Uma batida vibrante, um gancho grudento (Muito mais pelos vocais característicos e fofinhos das integrantes do que pelas repetições em si) e um MV que mostra o carisma das meninas. Como o grupo já estava popular e já tinha muita gente atenta pelo comeback, tudo isso se transformou numa música pronta para hitar. Dificilmente essa música seria considerada a melhor música da história do Oh My Girl, mas também não é difícil gostar e ouvir casualmente essa música.

O resultado disso tudo: “Nonstop” atingiu o #2 no Gaon, sendo de longe a melhor posição delas na carreira, acumulou diversas semanas no Top 10 e é a música de um girlgroup com o melhor acumulado de 2020 no chart. De quebra, elas garantiram um outro hit nesse comeback com a b-side “Dolphin”:

Originalmente a música seria daquelas usadas para promover o comeback do grupo nos music shows, mas a música ganhou outro nível de popularidade na Coreia depois que virou a música favorita da IU, primeiro com ela divulgando no Instagram o seu amor pela faixa e depois rendendo até um cover da música. Essa divulgação no instagram fez “Dolphin” pular nos charts (Afinal era uma b-side que muita gente que estava ouvindo “Nonstop” talvez não tivesse prestado atenção), e aos poucos foi caindo nas graças do público a ponto de viralizar e ganhar o vídeo especial acima, com o Oh My Girl fazendo uma homenagem para toda a sua videografia. “Dolphin” alcançou o 2º Top 10 do Oh My Girl na Gaon, e hoje em dia a música está até em rankings melhores que a faixa principal do comeback, mostrando toda a sua estabilidade e popularidade na Coreia.

Particularmente, não mudei de opinião sobre nenhuma das duas músicas desde a época que lançaram: “Nonstop” é uma boa faixa que leva o Oh My Girl para um caminho mais seguro porém efetivo, onde não é tão impressionante quanto alguns singles velhos do grupo ou algumas apresentações no Queendom mas é uma música feita para todo mundo simpatizar, e se fosse para escolher uma música aleatória do álbum delas para fazer sucesso seria “NEON”. De qualquer forma, é legal um grupo fora do óbvio fazendo esse sucesso astronômico e batendo de frente com grandes nomes do K-pop, ainda mais com um estilo de música que (Chocantemente) não foi muito usado na Coreia esse ano (Os drops usados como refrão esse ano encheram o saco mas ninguém seguiu a linha fofinha/alegre que o Oh My Girl seguiu aqui). Se isso vai se manter em 2021 ou o Oh My Girl vai virar um grupo de 2 hits é algo que só o tempo vai dizer mas, depois de uns 5 anos na luta, vamos só aproveitar o sucesso delas esse ano mesmo.

5 comentários sobre “O que aconteceu em 2020: Oh My Girl

  1. Eu amo Dolphin, mas escuto OMG desde 2015 muito antes de ser um estouro.
    Tenho toda a discografia delas no cel.

    Fala sobre os premiados do MAMA.

  2. Sei lá fico tão feliz em ver que elas estão conquistando o próprio espaço, espero que elas cresçam cada vez mais porque elas merecem muito viu. Dolphin é bem aquele estilo de música que a galera da Coreia gosta, já vi bastante no tiktok também.

    Agora estou esperando atentamente pelas review de Cry For Me, porque acho que foi uma das únicas coisas interessantes do MAMA esse ano.

  3. Nonstop foi uma música que não gostei quando elas lançaram, pq estava abaixo de outros singles delas e eu esperava mais. Porém fui ouvir de novo mais tarde e me conquistou. Assim como Dolphin.
    Espero que elas consigam continuar o sucesso, acho o OMG um grupo muito talentoso, e elas tem ótimas músicas.

    Que continuem no mainstream

  4. OMG dificilmente erra. Nonstop pra mim é muito boa, icônica. E fico feliz demais por elas. Pra mim nenhuma música delas supera Closer. Tem 1 ou 2 coisas delas que não me dessem. Merecem receber todo reconhecimento. Aguardando Dreamcatcher decolar na Coreia também.

  5. Oh My Girl foi um grupo que fiquei feliz com seu crescimento. Acompanhei elas de longe, e sempre notei que as coreografias e vocal eram interessantes. Apesar de não ser a minha favorita, gostei muito de vê-las crescendo.
    PS. Adoro Neon também, inclusive quando tava meio depre lá no começo da quarentena, ela tinha um ar que me deixava de bom humor <3 e não foi todas as músicas de grupos que me deixaram assim.

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