Review Retrô: Quando o Apink iniciou a nova era do white aegyo em “I Don’t Know” (2011)

Hoje é um dia especial para os fãs do Apink, pois o grupo comemora 10 anos de carreira muito bem e vindo de um grande hit feminino com seu último comeback. E a carreira de constante sucesso começou lá em 2011, quando elas eram simples camponesas de uma subsidiária da Cube com “I Don’t Know”:

O Apink debutou com uma proposta aegyo e um som fofinho e inocente que fez sucesso com grupos da 1ª geração do K-pop (Especialmente o Fin K.L), mas em 2011 eu não lembro de existir um grupo que seguisse essa proposta. Um girlgroup surgindo desse jeito no meio de um K-pop que começava a se popularizar internacionalmente foi um movimento audacioso (Que se provou muito efetivo com o passar dos anos do grupo), e “I Don’t Know” traz esse sentimento de nostalgia e volta ao tempo para quem viveu toda essa magia dos primórdios do K-pop.

Como música, eu acho “I Don’t Know” bem… OK. Na época o viadinho de 14 anos que escreve para esse blog hoje achou essa música uma chatice absurda e enjoada demais (Principalmente o refrão que parecia interminável). Hoje em dia, com um pouco mais de bagagem no K-pop e entendendo as referências e a proposta dessa música, acho que “I Don’t Know” cumpre bem o papel mas não é TÃO marcante quanto outros aegyos inocentes do grupo. Ainda em 2011 o grupo lançou “My My” que eu já acho muito mais legal.

O problema de “I Don’t Know” comigo é o refrão que vai longe demais. É uma tão fofa que passa do adorável e fica só chato de ouvir mesmo. O resto da música funciona e o final com a high note da Eunji já mostrando suas credenciais como uma das maiores vocalistas do K-pop é incrível, mas o refrão acaba matando a experiência para mim. Gosto mais dessa música hoje em dia, mas o Apink tem coisa muito melhor no catálogo.

De acordo com a wikipedia, “I Don’t Know” alcançou uma 20ª posição na Gaon e vendeu um pouco mais de 1 milhão de cópias, que são números discretos na época mas foram suficientes para o grupo se destacar entre os novatos da época e ganhar alguns prêmios como as novatas do ano. O que chamou a atenção foram os números do EP “Seven Springs of Apink”, que vendeu 25 mil cópias e bateu de frente com muitos girlgroups que faziam sucesso na época. Se “I Don’t Know” não botou o Apink na boca da galera logo de cara, pelo menos elas conseguiram uma fanbase inicial que poderia segurar muito bem o grupo.

Se alguém hoje em dia voltasse no tempo e me falasse em 2011 que o Apink seria o grupo que chegaria em 10 anos de carreira sem grandes baixas e fazendo sucesso, eu desconfiaria muito. Mas aí o grupo foi crescendo, a Eunji ficou MUITO popular depois de Reply 1997, cada comeback do grupo depois disso consolidava ainda mais a imagem aegyo delas e o Apink virou A grande referência de white aegyo moderno no K-pop. Qualquer girlgroup que surgir com um pop fofinho e inocente na Coreia hoje deve ter o Apink como referência, não só na fase aegyo quanto na transformação para o pop mais maduro e luxuoso depois de 7 anos estourando no vestidinho branco.

9 comentários sobre “Review Retrô: Quando o Apink iniciou a nova era do white aegyo em “I Don’t Know” (2011)

  1. Apink não era meu grupo favorito, mas sempre achei inegável o impacto delas na indústria. Também adorava a Bomi nos programas de variedades e talvez isso tenha contribuído.
    Fico feliz pelos anos delas de vida. Mesmo com uma mina aí que tentou fazer a caveira de uma delas.

  2. Eu adoro o Apink desde que era uma adolescentezinha. Lembro que botava uma saía e ficava dublando i don’t know no quarto, bons tempos. Hoje em dia eu rasgo a maior seda pra esse conceito maduro e chique delas, então, muito feliz por elas conseguirem sobreviver por tanto tempo nessa industria e ainda entregarem muita qualidade.

  3. Eu ainda hoje evito ouvir NoNoNo porque o pacto satânico em que aquela música foi feita foi realmente dos bons… É ouvir uma vez pra nunca mais parar de cantar.

  4. Eu amo tanto o Apink! Para ser sincero, eu acho os lançamentos delas pré-Secret Garden (mini-álbum de NoNoNo) muito melhores que as coisas que elas lançaram depois, principalmente gosto do Une Année que tem umas b-sides incríveis. Porém eu amo toda a discografia delas e acompanho desde antes do “reboot” musical do grupo. Estou genuinamente feliz por elas estarem aí completando 10 anos, sendo que a maioria dos grupos da época delas já estão mortos. O melhor é que elas não dão sinal de disband, mesmo que só tenha um lançamento por ano, o que é normal já que elas já estão mais velhas e querem investir mais em seus trabalhos solo. Tudo de bom pra elas!

  5. O Apink é um grupo impressionante que eu revirei os olhos por muito tempo por conta de preguiça do aegyo… Depois que minha irmãzinha começou a gostar do aegyo delas eu comecei a ver esta parte com outros olhos, e tem bastante coisa legal… Inclusive, melhor aegyo delas é uma b-side perdida logo do começo da carreira, mas que é simplesmente MARAVILHOSO:
    https://open.spotify.com/track/1VIQK4Kf9eGlI9P53155Vo?si=5714_VyfReC_1CVN0_Qusg

    Queria que elas comemorassem esses dez anos com bastante confete e lançamentos especiais, mas acho que vai ser só um single mesmo, que nem elas fizeram nos oito anos… Bem, melhor que nada né?

  6. Gente daria tudo pra ver o bruno do finado asianmixtape fazendo uma resenha delas. O pacto tá firme.

  7. lembro quando elas debutaram e tiveram uma notoriedade imediata, abriram uma porteira pro white aegyo que nao suportava kk e como já tinha outros grupos favs e até mesmo rookies que eu ligava mais daquele período então eu meio que cagava pra elas mas achava as meninas mt meigas e ficava no aguardo até vir algo que me chamasse atenção, o que rolando na era Hush delas.
    Na real faz muito tempo que nao acompanho nada sobre elas musicalmente falando, vejo sempre alguma fazendo ponta em algum dorama que eu esteja assistindo ou a ultima foi dessa controversa que uma delas esteve envolvida no lava jato dos idols praticante de bullying mas de qualquer forma foi realmente bem inesperado mesmo que elas se sustentam juntas até hoje.

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