RECAP — aespa “EP1. Black Mamba”: A SM realmente sabe o que está fazendo com essas meninas?

Perto de lançar seu 1º comeback com “Next Level”, o aespa lançou hoje o 1º episódio do projeto marvelesco que a SM chama de “SM Culture Universe”. Intitulado “ep1. Black Mamba”, não faz o menor sentido a SM divulgar um negócio desses como prévia do Next Level ao invés de lançar durante as promoções da própria Black Mamba. Masok, temos pouco mais de 10 minutos de vídeo tentando explicar o que a SM quer fazer para transformar o aespa no assunto mais quente do K-pop, então vamos comentar sobre o que esse ep1 (E o próprio aespa) tem a oferecer:

Esse filminho na verdade é uma grande introdução para toda aquela pataquada que a SM inventou para ver se fica mais compreensível entender o que eles querem fazer com esse grupo. Começa com uma animação de Naevis abrindo um portal conectando o universo digital ao planeta terra, o que vira um grande assunto no nosso universo pois as avatares (Ou ae, como são chamadas) estão dominando o mundo com suas aparições cada vez mais frequentes.

Então, o professor Kim (Que eu vi a fanbase teorizando ser a “forma humana” de Naevis e tarando nele um pouco porque sim) explica como as ae funcionam, como elas são moldadas a partir da personalidade que as pessoas publicam em suas redes sociais e tal, mas o celular sendo invadido pelo símbolo da black mamba indica que algo vai dar errado. Mas isso é mais pra frente, vamos falar do papel das integrantes nesse curta.

A primeira é Giselle, que é a típica gatinha estudante que está cagando para a palestra e escreve um rap para passar o tempo como toda futura grande promessa do rap idol deve fazer (rs). A ae dela bota uma capa de revista e aí rola um momento super brega e agoniante delas posando para fotos e sendo famosas (Introduzindo aquela ideia sobre as avatares estamparem capas de revista e serem modelos no lugar ou até junto com as integrantes).

Aí temos Winter atirando em geral como uma grande gostosa que luta contra o sistema opressor com sua ae e servindo grandes momentos de gostosa bem armada…

… Mas tudo se revela como um joguinho de realidade virtual com as duas se divertindo no quarto da Inverno.

Jogando meu jogo de realidade virtual no meu mundo real com minha eu do mundo virual que fundiu com o mundo real… Uau, que conceito.

Ningning é uma artista digital que hackeia exposições de arte digitais para divulgar sua arte na praia nas galerias como uma grande intervenção.

E Karina é… sei lá… a rica desocupada? Que nada numa piscina para encontrar sua ae? Não se empenharam muito para criar uma intro legal para a bichinha aqui.

De qualquer forma ela serviu looks

Aí rolam algumas coisas que servirão como temas para toda essa história envolvendo o aespa e serão melhor desenvolvidos no futuro, como a citação a Sartre “l’existence précède l’essence” que sugere que o grupo deve explorar coisas como o desenvolvimento da essência/personalidade da pessoa e como as experiências que as meninas terão em suas vidas (Tanto reais como virtuais) ajudam a formar quem elas são, e o menino questionando que as aes desenvolvidas podem ser versões “melhores e mais bonitas” das pessoas pois o que a gente publica nas redes sociais não é, exatamente, a nossa realidade, mostrando que o aespa vai ter o seu lado “crítica social foda” sobre exposição digital e aceitação e etc. etc. O que importa agora é ver a história começar a andar, com as ae’s hackeadas e o mundinho digital sendo desconectado por alguns instantes.

Aí temos dois momentos cruciais: A Karina sendo possuída pela Mamba Negra…

…E o Professor revelando sua identidade virtual meio encapetada.

A partir desses dois momentos a gente vê como a história do aespa irá se desenvolver: Quem são os vilões, como as protagonistas serão afetadas, os mistérios e plots que rolarão durante o 1º comeback do grupo com “Next Level”, ganhando uma prévia animada da história com as ae indo para KWANGYA (O universo próprio da SM onde vários MVs da empresa vem sendo executados e conectados entre si). O final do vídeo ganha um “Next Level”, introduzindo o novo comeback do aespa que rola na próxima segunda.

Por ser um episódio introdutório não existe muito a ser comentado sobre o conteúdo oferecido, mas deu para ver que esse SM Culture Universe tem muito potencial para desenvolver uma história legal. Essa conexão entre o mundo real e virtual e o KWANGYA é promissor para elas (Não sei para os outros nomes que a SM está tentando conectar com isso) e toda essa complexidade e plots que esse 1º episódio expôs é ideal para fidelizar uma considerável parte da fanbase que adora se envolver com esse universo de teorias (Deu ~muito~ certo com o BTS, deu certo com o Loona, não tem motivos para não dar certo aqui). Não é a minha praia, mas existe uma visão que eles querem que se torne realidade.

Com isso dito, esse vídeo deixa meio explícito que o aespa vai tentar fazer concorrência mais para o K/DA do que para o BLACKPINK. Todo esse roteiro de ação, universo próprio, CGI e efeitos que esses universos cinematográficos que a Marvel/DC trouxeram para o mainstream são muito mais conectados com os gamers e players que consomem (E muito) esse tipo de conteúdo, querendo fazer o aespa ir além do girlgroup popular e trendsetter de K-pop. Tem muita gente que não vai ligar muito para o girlgroup em si mas vai AMAR acompanhar e interagir com as bonecas virtuais, e é esse o público que a SM quer para ela.

SE a SM conseguir executar tudo que ela quer fazer com o aespa (Ênfase no “SE”), esse grupo realmente tem potencial para ser grande no K-pop. E não só por ser um girlgroup da SM, mas por todo o trabalho que estão tendo em cima do conceito e conteúdo criado para essas meninas e na visão que a empresa tem para engajar kpoppers e não kpoppers nesse grupo. O grande desafio aqui é a SM realmente seguir com esse plano e não jogar tudo pro alto como fez com basicamente todos os outros “projetos mirabolantes” que essa empresa já tentou vingar, mas tem muita coisa para ser explorada e a SM aparenta ter um plano mais bem feito para fazer o aespa acontecer com todas as tribos.

7 comentários sobre “RECAP — aespa “EP1. Black Mamba”: A SM realmente sabe o que está fazendo com essas meninas?

  1. Sei não, acho que eles vão jogar tudo pro alto com essa historinha. Nunca foram tão longe com os conceitos. Só achei curioso foi que tava reclamando esses dias dizendo que fizeram um aue grande com essas bonecas e elas mal apareceram no mv, e explicação e Boom! Lançam esse curtinha falando isso dae.
    Também não curto esse lance de historinha, adoro o Loona e sempre me perdia nas teorias, mas adorava o conceito e achava lindíssimo. O do Aespa ainda parece a sm sendo invencionista e não saindo do quadrado. Ainda mais depois da patacoada do NCT Hollywood.
    PS. O ruim é que o foco música fica em segundo plano, Black Mamba foi a música mais inofensiva e ruim do ano passado, nem aquela ruim boa que tu ouve que se convencer serve. Ja irei ficar com os dois pés atrás com essa nova.

    • E esqueci de comentar: na minha opinião eles deveriam ter lançado esse curta antes de Black Mamba não? Na minha opinião faria muito mais sentido.

  2. Curti bastante. Eu não me importei muito com elas no início porque não estou mais tão hypado com k-pop hoje em dia e acabo ouvindo muito mais j-pop e algumas velharias do mandopop. Também havia achado Black Mamba uma bombinha meio inofensiva, mas ruim do mesmo jeito. No entanto, achei muito legal a história que criaram por trás disso e, dessa vez, parece que a SM está se empenhando MESMO em fazer esse conceito vingar pra elas. Na minha opinião, funcionou. Vi várias pessoas que, assim como eu, não davam a mínima pra elas e agora já está se interessando. Se elas lançarem uma música boa – coisa que eu duvido muito – eu vou deitar muito pra elas.

  3. A SM tem que saber bem o que eles querem fazer com o universo AESPA, porque eles não querem criar um “UNIVERSO DO AESPA”, é um universo da SM, se isso dê ruim, todos os artistas vão pagar esse pato
    E também, a SM tem que tomar cuidado pra isso não saturar, porque se os próximos dois comebacks tiverem esse conceito “futurista”, as gays vão cair em cima delas falando que elas não mudam de conceito

  4. A ideia parece legalz, mas o problema ainda é a música. A SM precisa melhorar muito nesse quesito com elas. E detalhe: KWANGYA nem lembra Wakanda, né?

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