Depois de uma pausa sabática para focar em projetos individuais (E isso de fato significou pausa sabática e não que o grupo foi de caixão e vela para o cemitério dos grupos de K-pop), Mamamoo anunciou o comeback do grupo com o 12º mini álbum “Mic On”. Se isso é um shade para os grupos que sobem no palco com o microfone desligado e um playback eu não sei, mas a primeira foto do comeback destacando um caminhão deu uma agitada na fanbase com a possibilidade delas virem como as 4 Sulas Miranda do K-pop:
Claro que o caminhão provavelmente é só um elemento visual e não vai compor de fato o conceito desse comeback, mas é divertido ver o Mamamoo finalmente usando a reputação de grupo para lésbicas a seu favor e virando caminhoneiras para o público. O K-pop serve tanto queerbait masculino e projeto de Harry Styles mas as lésbicas também merecem seus momentos bait com 4 rainhas das caminhoneiras servindo de forma sugestiva e icônica também.
Eu só espero que esse comeback me faça gostar novamente de algo do Mamamoo. Eu gosto do grupo e inegavelmente é um dos mais talentosos em todos os campos como um grupo de K-pop, mas nos últimos 3 anos o Mamamoo não lançou um single realmente legal e elas vem variando entre o esquecível e o tenebroso, e está sendo bem mais interessante ver Hwasa lançando a mesma música boa solo anualmente do que criar expectativas para o grupo. O último single memorável do Mamamoo (E curiosamente o último grande hit coreano delas) é “HIP” lá em 2019, e espero que esse fogo no olhar em lançar uma música contagiante volte para o grupo.
Só aguardo daqui uns 10 a 15 anos quando a Coreia aprovar as leis de casamento homoafetivo pra Moonbyul aparecer de corte joãozinho, roupa larga, tênis e boné cheia de tatuagem no braço, de mãos dadas com a esposa dela seguindo o mesmo estilo visual, levando um cachorrinho de raça pra passear.
Bom, apelo com o público lésbico elas sempre tiveram… lembrando que no Queendom 1 a Hwasa inclusive tava quase mudando a orientação sexual de algumas integrantes dos outros grupos (e Park Bom) concorrendo.
Mas na Coreia do Sul também existe esse estereótipo de caminhoneiras? Achava que fosse só no Brasil, mesmo (inclusive lembro que num ano do VMA – acho que foi 2008 ou 2009 – os brasileiros racharam de rir quando a P!nk chegou no tapete vermelho dirigindo um caminhão, enquanto nos EUA o público só achou a cena “empoderada”, mesmo).
Acho que é só no BR mesmo essa relação. Mas não deixa de ser engraçado a coincidência dessas coisas. Tipo, o Mamamoo, o grupo com o maior apelo sapatônico que existiu no kpop, ser justamente o que usou um caminhão num anúncio de comeback. E o melhor é que essas coincidências vivem acontecendo com esses estereótipos/referências que os BR tem.
Fora do Brasil também: