STAYC não define o que é J-pop mas define o que é um bom debut japonês com “Poppy”

A nova geração de girlgroups segue com sua jornada de início de exploração do mercado japonês. E, dessa vez, o STAYC fez as honras e o seu debut no Japão, que acontece oficialmente no dia 23 mas teve o seu lançamento digital hoje. E ao contrário da maior parte dos grupos que optam por versões japonesas no início de carreira pelo Japão, o STAYC já tratou de investir em uma música inédita com “Poppy”:

“Poppy” não é a coisa mais inventiva do mundo. Vejo como o tipo de música que o IZ*ONE deveria ter lançado no Japão, pois parece o tipo de música que o IZ*ONE lançaria na Coreia. Também vejo o GWSN lançando uma dessas (Por onde anda né… Um beijo para as queridas), pois é o tipo de farofa pop puxando um pouco de house music que era bem comum ver o grupo lançando. É aquela farofa mais elegante porém descolada que os girlgroups de K-pop lançavam muito quando estavam no fim de carreira mas, como o STAYC é um grupo novo e trendy, “Poppy” acaba tendo uma pegada mais adolescente e colorida, com um refrão repetitivo mas que não passa do ponto e é bem chiclete.

Agora, isso faz de “Poppy” a definição de J-pop? Provavelmente não. O twitter levantou uma discussão sobre esse debut trazer ou não a essência do J-pop mas, se a gente parar para pensar, o conceito de J-pop em si é bem vasto, com vários estilos, conceitos, sonoridades e referências. “Poppy” se encaixa nisso, pois tem grupos e artistas no J-pop que fazem esse pop de boate por aí entregando bops com esse mesmo estilo (FAKY, por exemplo, mandaria uma dessas). “Poppy” não tenta reinventar nenhuma roda e, honestamente, nem precisa, só fizeram um bom debut e redondinho para todo mundo curtir, e é o que eu espero ver o STAYC lançando mesmo.

“Poppy” é um bom começo para o STAYC no Japão. Ousado da parte delas estrearem com uma inédita ao invés de alguma versão japonesa de um hit coreano, e com uma boa execução para ser uma música fácil de gostar. É uma música familiar e todo mês eu aclamo um lançamento no estilo, mas se é bom a gente tem que elogiar não é? “Poppy” não é inovador nem revolucionário, mas eé uma música que dá boas energias e me faz ter vontade de dançar e ouvir numa baladinha, o que já é o bastante para considerar esse debut japonês do STAYC um dos bons debuts de grupos de K-pop no Japão.

2 comentários sobre “STAYC não define o que é J-pop mas define o que é um bom debut japonês com “Poppy”

  1. Eu amei isso aqui mas numa primeira ouvida não associei com o IZ*ONE. Já depois de ler esse paralelo que tu estabeleceu, digo que é muito real, isso seria fácil uma title das musas da penitenciária de Seul (title coreana, porque a discografia japonesa é tão ruim que eu tinha até esquecido que elas tiveram uma carreira nipônica). Dá até pra destacar quem cantaria o que: os versos da Sieun iriam pra mão da Minju; os Poppy Poppy consigo até ouvir a voz da Sakura em cima, com a Wonyoung ou provavelmente no primeiro verso, alguma das outras duas japas e talvez a Eunbi (ou a própria Minju) no segundo. As partes da dyvas Yoon e a outra lá que eu n lembro o nome mas é vocal ficariam na dobradinha Yuri/Chaewon e depois Eunbi/Yujin. A parte da J depois do primeiro refrão com toda certeza ia pra mão da Yena com a Chaeyeon, e o que sobrasse de sussuro e suspiro ficava na mão da Hyewon. E tá pronto o sorvetinho.

  2. “Também vejo o GWSN lançando uma dessas (Por onde anda né… Um beijo para as queridas)”
    Tá precisando se atualizar nas kpop news hein, Dougie? Essas ai já foram de base e estão praticamente disband (só não oficialmente) mas a gravadora faliu.

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