Review Retrô: Há 10 anos, AKB48 definiu como fazer música idol japonesa moderna com “Koisuru Fortune Cookie”

Já tem um tempo que rolou o aniversário de 10 anos de “Koisuru Fortune Cookie”, que eu acho que é a música assinatura do AKB48. Lançada no dia 21 de agosto de 2013, a música é um dos singles do AKB48 que ultrapassou a marca de million seller tanto em vendas físicas quanto digitais, o MV é o mais visto do grupo com mais de 230 milhões de visualizações, foi o segundo single mais vendido pela Oricon e a música é muito popular pela Ásia no geral. A versão filipina (Lançada pelo MNL48) foi um hit com certificado de platina e a versão tailandesa (Lançada pelo BNK48) é outro smash que concorreu e ganhou prêmios de hit do ano na Tailândia. Então acredito que é isso mesmo: “Koisuru Fortune Cookie” é a maior música da carreira do AKB48.

Em 2013 eu não curtia muito música idol japonesa, tanto por não ser o meu estilo de música quanto pela instituição divas pop japonesas me satisfazerem muito bem no J-pop naquela época. Nada no nicho idol me atraía a conhecer o estilo, mas tinha um outra exceção no meio disso tudo que eu curtia genuinamente. “Koisuru Fortune Cookie” é uma dessas exceções, porque a música é perfeitamente simpática. Quando eu dou o play no vídeo e a intro com o DJ metendo um english que exatos 19 japoneses e a Namie Amuro compreenderam, eu já estava vivendo por isso. E quando a música começou de fato eu sabia que ouviria uma belíssima canção, e não deu outra.

A melhor coisa dessa música do AKB48 para mim é que o Akimoto botou elas para cantar um disco safadíssimo de qualquer boate anos 70 e deixava mais carismático e, huh, “idolish”. Qualquer outro produtor pegaria essa demo e transformaria em um deslumbrante e brilhante single de diva pop, mas o AKB48 deixou a música mais fácil para cantar e dançar junto. É uma música que imagino ser deliciosa de cantar em qualquer karaokê tanto pela sensação de nostalgia que “Koisuru” passa quanto pela felicidade que dá ouvindo uma música tão, na falta de palavra melhor, refrescante. Esse single do AKB é tão leve e carismático que soa até despretensioso, mas o Akimoto sabia onde queria chegar e, no final, deu tudo certo para todo mundo.

Hoje, 10 anos depois, “Koisuru Fortune Cookie” ainda é carismática. Até o coral penitenciário de Akihabara, que é uma das coisas que mais odeio nos singles do AKB, funciona pelo fator “cantar junto”. É delicioso demais cantar o refrão e fazer a dancinha em casa enquanto lavo uma louça, limpo a garagem, faxino meu quarto, vou visitar meus parentes… É uma música que consegue ser boa para qualquer momento, pois me dá uma alegria que só essa música consegue passar. Muitos tentaram emular Koisuru (Inclusive o próprio AKB48), mas só “Koisuru” tem essa magia.

Na situação atual do AKB48 com vendas baixas, queda diante dos grupos 46 e graduações em massa, não deve demorar muito para “Koisuru Fortune Cookie” virar a “Love Machine” do AKB, sendo acionada e revivida sempre que precisarem vender coletâneas caça níqueis e promover shows pelo Japão. Mas, tal como o clássico do Momusu, “Koisuru” já é um clássico para o J-pop e o AKB48 já cumpriu sua missão na terra.

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