Obviamente o título não é uma verdade e você não é obrigado a ter 40g de maconha no bolso mas, se você não está alinhado com as notícias políticas, está perdendo o Lula delirando em declarações horrorosas para agradar crente ou coisa assim e perdeu essa semana o STF descriminalizando o porte de maconha para uso pessoal. Agora, uma pessoa que possui até 40 gramas ou 6 plantas fêmeas de maconha será presumida como usuária e não deve ser enquadrada como traficante a não ser que haja outras provas contra o indivíduo.

Pensando nisso, eu fiquei matutando aqui como poderia fazer dessa notícia uma pauta para divulgar músicas asiáticas nesse blog. Então, cheguei a esse Top Top.jpg trazendo 10 músicas reggae, dancehall e inspiradas nesses estilos clássicos para você, que é uma maconheira de primeira, botar na sua playlist enquanto monta seu beck. Um desafio interessante já que eu não fumo nada, mas vou fazer meu melhor aqui. Sem mais enrolação, vamos a lista:

10º lugar — Hyolyn – SAY MY NAME

Entre as baladinhas mais emocionadas e os pancadões de putona do R&B, a lightskin favorita da Coreia Hyolyn arranjou um número pop delicioso, com os tambores de reggae dando aquele charme do gênero enquanto Hyolynzão é a grande gostosa que conhecemos. O refrão potente e safadíssimo é o auge da música, super rebolativo e cativante, e a Hyolyn tem um vocal incrível que combina com qualquer coisa. Dadas as limitações de uma carreira independente/auto gerenciada, a Hyolyn fez um ótimo trabalho com sua carreira solo.

9º lugar — E-girls – My Way (feat. Fire Ball, Mighty Crown & PKCZ)

Lá pela bagunça que foi a última formação do E-girls, o grupo nos agraciou com um double a-side mistrurando gostosos números Reggae/Dancehall com o farofão mais performático e clássico do grupo. No início eu não tinha comprado muito a ideia, mas envelheceu como um delicioso vinho comigo. Em especial, “My Way” tem essa pegada mais sexy nas partes mais desaceleradas que me prende e servem um delicioso contraste com o batidão do resto da faixa, as meninas estão ótimas e as parcerias dão conta do recado. Um ótimo pancadão para descer até o chão, mas se você quiser algo para ficar mais alto elas também lançaram “Let’s Feel High”.

8º lugar — UNI.T – No more

Lembram que a KBS juntou uns 100 integrantes e ex-integrantes de grupos flopados para se estapearem em um survival show a fim de criar 2 novos grupos da nação? Pois é, eles juraram muito. Mas, pelo menos, o UNI.T rendeu ótimos (dois) singles na carreira, com o reggae-lite “No More” sendo o mais sexy, descolado e o meu favorito delas. Dá para sentir a energia de mulheres sofridas com tesão nesse single, que do início ao fim é um número envolvente com uma vibe deliciosa, perfeita para relaxar e deixar a fumaça e a libido subirem. Nada mal para um grupo de flopadas que estavam doidas para flopar de novo.

7º lugar — SOULHEAD – WORLD GO ROUND (feat. lecca)

A lecca é uma artista que acompanho de longa data, mas até hoje eu descubro algo novo dela que me encanta (Porque até um tempo atrás era bem complicado achar as coisas dela por aí). “WORLD GO ROUND”, música da dupla SOULHEAD com a participação da lecca, foi algo que descobri um dia desses porque apareceu como recomendação no YouTube depois de passar o dia ouvindo ela, e a música é um delicioso reggae/dancehall pronto para te proporcionar um bom dia. Um chazinho, um fumo e uma música dessas é um ótimo resumo de uma manhã perfeita para mim.

6º lugar — Primary – Don’t Be Shy (feat. ChoA, IRON)

Eu não lembro se a ChoA teve ou não um debut solo propriamente dito, mas acredito que o momento solo mais memorável dela é “Don’t Be Shy”, produção do Primary onde ela e o IRON se unem para fazer o maior reggae que a fanbase aclamaria até o próximo reggae que uma gostosa (Ou um grupo de gostosas) lançaria. “Don’t Be Shy” era uma novidade muito bem vinda no auge do AOA, a ChoA conseguiu mostrar um outro lado de sua personalidade como artista e surpreendeu a todos com sua versatilidade em um ótimo reggaezão. Espero que a diva esteja muito bem com o que quer que esteja fazendo hoje em dia.

5º lugar — Drunken Tiger, Yoon Mirae & Bizzy – The Cure

Não tenho muita ligação assim com o Bizzy mas adoro acompanhar os lançamentos do Yoon Mirae e Tiger JK, então sempre tive muita curiosidade em ouvir o que os três fariam juntos como MFBTY. Em “The Cure” (Com essa tag horrorosa do nome dos 3 integrantes porque o Tiger JK usou a persona Drunken Tiger para lançar esse álbum), eles propõem uma abordagem mais leve do reggae comum para, basicamente, fazer uma música fofinha e reconfortante para o filho de Mirae e Tiger JK. A versão acústica já é uma gracinha good vibes por si só, mas se quiser uma companhia mais clássica para dar aquele tapa na pantera tem também a versão reggae.

4º lugar — PUSHIM – Itsumo kimi wo miteru taiyo

Me surpreendeu saber que existem muitos artistas reggae japoneses em atividade no país. Nunca imaginaria essa conexão do reggae com a música japonesa, mas ela é bem antiga e crescente. A mais velha que conheço é a cantora PUSHIM, que está na ativa desde 1999 e tem um catálogo bem interessante no gênero. Ano passado ela lançou um novo álbum “Dialogue”, e a faixa principal “Itsumo kimi wo miteru taiyo” é mais um reggaezão clássico com toda a energia relaxante e good vibes que um ótimo reggae proporciona. Vale muito essa indicação pois a bicha arrasa muito.

3º lugar — Melody Day – Kiss On The Lips

O Melody Day é um daqueles casos onde o grupo tinha tudo para dar certo, mas não deu. Talvez o gerenciamento super bagunçado e sem muito direcionamento depois que viraram grupo explique isso, mas essa baguncinha rendeu pérolas como “Kiss On The Lips”, que deixou os 50 kpoppers que ouviram essa música na marola. É curioso como não existem muitos grupos que investem em um reggaezão como conceito de verão (E fica ainda mais curioso sabendo que “Kiss On The Lips” foi lançada no inverno coreano) mas o lançamento dessa música com certeza deixou a nugulândia mais chapada. Um grande e atrevido bop de verão-não-lançado-no-verão.

2º lugar — MINMI – Gi mi di riddin (feat. Red Spider)

A MINMI é outra grande referência no reggae japonês, especialmente pelo sucesso que seus primeiros álbuns e singles fizeram no início dos anos 2000. Adoro a diva e tem muita coisa bem legal no catálogo dela, mas a minha indicação para esse post é “Gi mi gi riddin”, uma colaboração da cantora com a dupla Red Spider que traz todo o ânimo que uma mistura de hip hop com dancehall pode entregar, com o belo vocal da MINMI e os raps do Red Spider entregando o clima perfeito para soltar aquela fumacinha e relaxar a vontade.

1º lugar — Wonder Girls – Why So Lonely

E é claro que não podia deixar de fazer um post de reggaezões asiáticos sem deixar de colocar “Why So Lonely” do Wonder Girls no 1º lugar. A música que uniu tribos, o último grande hit do Wonder Girls, e depois dessa música nunca mais vimos o Bob Marley lançar música de novo. O que se tornou o último comeback do grupo (Teve um single de despedida mas ninguém ouve né), “Why So Lonely” é grandiosa, diferente, descolada, une os kpoppers com os kreggaers numa grande brisa que só um girlgroup de K-pop pode proporcionar. Uma incrível música de um grupo incrível.