Natal chegou irmãs, tempo de celebrar, dar presentes, se alimentar bem, engasgar com o peru e todas essas tradições de final de ano. E por isso esse blog traz um presente para os leitores: Um Top Top.jpg mais que especial, reunindo os 10 melhores singles lançados por ex-IZ*ONE em 2022, um ano em que esse grupo morto proliferou solos, grupos e saiu desovando um monte de coisa legal. Além disso, é um pequeno spoiler do que vem por aí na minha lista de final de ano, elegendo os 100 melhores trabalhos desse ano. Todas as 10 músicas desse post estarão nessa icônica lista? Obviamente não, mas vamos revistar o que esse ex-grupo alimentou no K-pop esse ano:
10º lugar — Lee Chaeyeon – Hush Rush
Eu fiquei na dúvida se botava a Chaeyeon ou a Jo Yuri para encher linguiça e fechar o Top 10, mas levei em conta o fato de achar “Hush Rush” realmente simpática de ouvir. Não que as músicas da Yuri não sejam simpáticas, mas simpatizo com “Hush Rush” a ponto de deixar tocando aleatoriamente enquanto lavo uma louça. Com as outras integrantes vindo com fogo no olhar para seus lançamentos, “Hush Rush” acaba sendo uma prima tímida das ex-IZ*ONE, mas é uma prima tímida que eu olho com carinho e eu acredito que vai brilhar em algum momento. No fim do dia, “Hush Rush” é uma faixa legal.
9º lugar — Yena – Smarthphone
“Smartphone” nada mais é do que uma versão vitaminada de “Smiley”, o que acaba prejudicando a música que, em determinado momento, fica cansativa. Isso faz dela ruim? Absolutamente não. É mais uma música que eu deixo tocar aleatoriamente enquanto limpo a casa, me dá energia e me deixa feliz ouvindo casualmente. “Smarthphone” não é uma música que deixaria no repeat, mas é um pop rock adolescente fácil de simpatizar.
8º lugar — LE SSERAFIM – Fearless
Ainda me dá uma certa agonia “Fearless” ser uma faixa que tem bastante potencial mas simplesmente não chega lá comigo (Sigo acreditando que o refrão devia ser mais bombástico) mas, no geral, o debut do LE SSERAFIM acaba crescendo com o tempo. Os ganchos da música são irritantemente bons, grudam na sua cabeça de um jeito insano que me faz querer ouvir de novo e de novo, e tem um pré-refrão icônico e ousado que mostra que o LE SSERAFIM, em algum momento, venceria comigo (E isso veio já no primeiro comeback).
7º lugar — Kwon Eunbi – Underwater
Esse ano a Eunbi se propôs a segurar a mão dos gays que soltaram a mão da Chungha com muitas farofas pop de boate gls servindo muita performance e carão. Só falta os gays segurarem a mão dela para hitar que nem a Chungha hitava, mas “Underwater” é o tipo de popzão meio tropical house que a Chungha facilmente lançaria como single de verão, fazendo até melhor que os singles da Chungha com essa proposta. “Underwater” é poderosa e charmosa, do jeitinho que uma gay básica como eu adora ouvir.
6º lugar — Yena – Smiley (feat. BIBI)
Ninguém levava muita fé na Yena vingando solo uma vez que ela é da mesma empresa do Everglow que nunca saiu do status de grande promessa do K-pop sem virar a grande realidade do K-pop (Por onde anda Everglow, aliás? Um beijo, Everglow)… Mas não é que a bicha conseguiu um viral que curou a depressão dos coreanos com “Smiley”?! “Smiley” é serotonina pura, me deixa feliz do início ao fim como um pop/rock feliz e energizante, que me dá vontade de viver com os vocais adoráveis e interpretação brilhante da Yena. Se a Avril Lavigne fosse uma idol de K-pop, provavelmente lançaria “Smiley” como single (E isso é um elogio).
5º lugar — AKB48 – Motokare Desu
Não é segredo para ninguém que o AKB48 funciona muito mais comigo quando lança músicas que não parecem ser músicas do AKB48, e “Motokare Desu” é um grande exemplo disso. O popzinho idol mais carismático foi deixado de lado para ganharmos mais uma farofa pop poderosa e performática. É como ver o coral da igreja de Akihabara se libertando da igreja e servindo o girlgroup de evangélicas moderninhas e populares que todo gay gosta de aclamar e tornar controverso desde a ascenção de Priscilla Alcântara no pop. “Motokare Desu” é uma faixa deliciosa que talvez não funcione tanto com quem gosta do sonzinho idol mais clássico do AKB, mas que diverte todo fã de idol pop.
4º lugar — IVE – Love Dive
É incrível como um pop/dance básico porém bem feito mudou tantas vidas para o bem, né? “Love Dive” não é inventiva em nenhum momento, não existe algum sintetizador ou um conceito grandioso por trás, e é focada em entregar o pop perfection que o K-pop parecia estar devendo… E elas conseguiram, pois “Love Dive” é insana. Os vocais contidos e respeitando o batidão tenso e pesado é delicioso, e a mudança de chave do refrão com duas partes igualmente maravilhosas, ganchos ótimos e a linha mais icônica da lista “Narcissistic, my god I love it” sendo memorável e ficando na história do K-pop. Não é a toa que elas estão (merecidamente) varrendo os prêmios de música do ano com esse hino.
3º lugar — LE SSERAFIM – ANTIFRAGILE
Latinidades no K-pop não é a coisa mais incomum do mundo, mas o que fizeram “ANTIFRAGILE” é bastante ousado, pois é um batidão reggaeton urbano que é pouco usado por idols de K-pop. “ANTIFRAGILE” é a filha coreana do “MOTOMAMI”, um pop latino tão sujo e provocativo que é quase criminoso, e por isso mesmo é tão bom. “ANTIFRAGILE” acaba sendo o frescor e o gostinho de novidade que o K-pop costuma proporcionar quando as coisas estão tediosas. Com uma formação ímpar e uma música extremamente cativante, o LE SSERAFIM tem tudo para crescer ainda mais no K-pop.
2º lugar — IVE – After LIKE
Se o sample de “I Will Survive” não parecesse tão solto, “After LIKE” facilmente seria a melhor música dessa lista. Mas passado esse estranhamento, “After LIKE” é uma música icônica e já nasceu aclamada no meu mundinho como uma das músicas mais homossexuais do ano. É uma faixa com muito brilho e opulência, que sabe onde quer chegar e como fazer isso bem feito, desde as partes mais fortes da faixa até as mais questionáveis como rap do grupo que é tão rap de patricinha que acaba combinando perfeitamente com a música. “After LIKE” é dançante, memorável e emocionante, e só não pegou o primeiro lugar pois uma flopada das ex-IZ*ONE resolveu pegar tudo isso e ir ALÉM.
1º lugar — Kwon Eunbi – Glitch
O que faz “Glitch” ser insamente boa é que a música é conceitualmente perfeita. O instrumental é muito bem desenhado para servir um pop eletrônico bem artificial e sofisticado, que vai ganhando diferentes nuances a medida que vai se “corrompendo” durante a faixa, até chegar na distorção máxima que é o break final da música e tudo fica maravilhosamente caótico, e o finalzinho da música “reiniciando” o sistema é a cereja de um bolo extremamente saboroso e homossexual, com os vocais suaves e magnéticos da Eunbi acompanhando tudo graciosamente. Uma das grandes injustiças do ano foi essa música não ter hitado nos quatro cantos do mundo, mas pelo menos o #1 nesse Top Top ela garantiu.
Apenas pessoas com bom gosto colocam “Glitch” em #1 em listas.
Um dos maiores erros da Eunbi esse ano foi não promover Croquis, aí ia ficar pau a pau Croquis x Glitch pra ver quem é a maior soty de 2022
FAÇAM A KWON EUNBI FAMOSAAAAAAAA
Love Dive #1 no mundinho Koda Charts e só isso importa