Year End 100: As melhores músicas do Asian Pop em 2022 (Parte 3)

Na parte anterior: Mudanças de última hora para incluir uma b-side obscuríssima de algum grupo 48, muitos nugus e artistas que já fizeram sucesso um dia mas hoje estão mais indie conceituais do que esse blog. E nessa parte? Teremos a mesma coisa, olha só. Se ninguém quis aclamar e hitar essas músicas, pelo menos elas dormirão tranquilas sabendo que tiveram o apoio desse humilde blog. Sem mais delongas, vamos mostrar mais 15 das 100 melhores músicas de 2022:

70. Perfume – Spinning World

O “Plasma” é um daqueles álbuns que eu reconheço que é bom mas se eu ouvi 3 vezes foi muito, mas o single do álbum “Spinning World” eu ouvi bastante. Tinha muito tempo que o Perfume não se permitia ser, huh, “esquisito” com um instrumental robótico, vocais inumanos e uma interpretação totalmente artificial que dá todo um poder para essa música ser memorável. Ainda acho que a Toshiko faria maravilhas como uma música do Capsule, mas existe todo um charme no produto final para “Spinning World” ser um single que é a cara do Perfume

69. Ayumi Hamasaki – Nonfiction

2022 foi o ano em que Ayumi Hamasaki resolveu servir alguns dos melhores singles em anos. Ela ainda é uma senhora datadíssima que segue lançando músicas que parecem não ter saído dos anos 2000? Com certeza, mas “Nonfiction” é um single pop potente relembrando os tempos áureos electropop dark onde Lady Gaga estava no auge e ainda não estava há 11 anos sem um #1 solo. “Nonfictuion” é aquele popzão de grande patrícia que Ayu tentou fazer no Colours, e conseguiu entregar aqui.

68. Jamie – Pity Party

Falando em pop de Patrícia, Jamiezão é mais uma a aproveitar a trend disco pop com maestria entregando uma música atrevida, divertida e sensual com “Pity Party”, sendo basicamente “ALIEN” da Lee Suhyun para grandes gostosas. Uma pena para a Jamie que a Coreia escolheu hitar a Baek Yerin das ex 15&, mas coisas como “Pity Party” transformam a kinga Jamie em uma artista injustiçada que todo mundo deve prestar atenção.

67. BIBI – Animal Farm

“Animal Farm” é uma ótima música para quem quer fugir um pouco de toda a energia vibrante e colorida que o K-pop costuma lançar, pois aqui temos a BIBI entregando uma interpretação passional e cruel em cima de uma música lenta, dramática, envolvente e maravilhosamente perturbadora. O “Lowlife Princess: Noir” é um dos melhores álbuns do ano no K-pop, e “Animal Farm” mostra uma ousadia e vontade de ser aquela artista que sempre foge do óbvio que não temos muita oportunidade de ver normalmente numa indústria tão moldada como o K-pop. Aqui, a BIBI mostrou que tem um futuro brilhante.

66. Lala Hsu – Like a Star

Mais um número disco para as baladas GLS, mas agora em mandarim. A Lala Hsu não é conhecida por números mais dance, mas tem nessas músicas retrô um grande trunfo para os momentos em que ela quiser se divertir como uma diva pop. “Like a Star” é charmosa e brilhante, com um instrumental adorável que cria uma melodia mais mística e intrigante, com os vocais mais fortes e interpretação mais pesada da Lala Hsu servindo um belo contraste para um produto final hipnotizante. Para quem gosta de um número retrô mais chique e babadeiro, fica a dica.

65. Jvcki Wai – Go Back

Mais um exemplo de que o MOTOMAMI foi um grande álbum que influenciou muita gente a sair do básico, temos “Go Back” dessa Jvcki Wai que eu não faço a menor ideia de quem seja mas arrasou nesse trapzão latino sobre ser mais gostosa e fodona que sua rapper favorita pois realmente acreditei nela mandando esse papo. “Go Back” é divertidamente insana, o rap dessa mulher combinou muito bem com o instrumental e o resultado é um trabalho estiloso, imponente e poderoso. O tipo de coisa que a Jessi lançaria sem o alívio cômico e debochado habitual dos singles dela, o que é um grande elogio.

64. DALsooobin – Hookah

As duas shabetinhas que ainda se importam com música lançaram singles esse ano, e a DALsooobin segue mostrando versatilidade e alcance se virando em vários estilos com 1 real e 1 sonho. Em “HOOKAH”, tivemos Soobin servindo um pop/rock descontraído e divertidamente bobo, daqueles que eu canto junto enquanto limpo a casa e, no final mal limpo a casa pois estou focado cantando junto com ela. “HOOKAH” é uma música que deixa toda minha tristeza e ansiedade de lado para me fazer feliz com um vocal delicioso e uma melodia divertida, e conseguiu morar na minha cabeça esse ano.

63. ALICE – Dance On

Girlgroup nugu lançando um bop funky disco que poderia ser lançado pelo KARA mas com aquele charme de girlgroup nugu? Aqui temos. Sabe-se lá o por quê da Sohee ainda insistir com o ALICE vivo sendo que ganharia mais sendo uma sub celebridade na Coreia, mas que bom que dessa vez o grupo arranjou uma demo deliciosa para cantar sobre dançar e ser feliz por conta própria como se não houvesse amanhã. Mais uma música que só se preocupa em me fazer feliz… E consegue muito bem.

62. Girls2 – 80’s Lover

Aparentemente dá para eu considerar o Girls2 o E-Girls da nova geração, por ser um grupo da LDH focado em performance e tudo mais. Elas ainda são novinhas então posso esperar pacientemente até as fofas lançarem a sequência de bops homossexuais que o E-Girls lançou, mas por enquanto “80’s Lover” serve como um ótimo quebra galho. A música é um sutil e adorável pop funky que exala toda a modernidade e jovialidade que um synthpop oitentista lançado por um girlgroup hoje em dia pode servir para um jovem viadinho. Ainda não deitei para elas, mas é notável que o Girls2 tem futuro.

61. Acid Angel From Asia – Generation

Por azar do destino calhou do Jaden debutar esse primeiro grupo do TripleS exatamente com o mesmo conceito do NewJeans, porque ele mostrou VISÃO ressuscitando o Pop Y2K da forma mais graciosa e adorável que um girlgroup de garagem de produtor é capaz de fazer. “Generation” é ótima, toda a estrutura repetitiva da faixa funciona e a melodia leve, animada e cativante funciona como um grande hino para a atual geração de adolescentes ou o que quer que esteja colando para hitar no TikTok. “Generation” é uma música jovem que me faz voltar aos tempos de colegial onde os tempos eram mais simples e só queria dançar com minhas amigas, então temos uma vitória com essa música.

60. Minseo – #Self_Trip

Essa querida que um dia foi chamada de nova IU e assim amaldiçoada na cova do flop (pois a Coreia não hita nada que é chamado de novo alguém que ainda está na ativa fazendo sucesso foi lá) e conseguiu fazer uma música melhor que tudo da IU esse ano. OK que a IU pegou leve esse ano e não lançou nada muito relevante, mas a Minseo foi certeira nesse pop que começa mais contido com batidinhas leves que te deixam na vibe mas o refrão vem com um drop eletrônico mais intenso que dá uma quebra muito interessante para “#Self_Trip” ser essa faixa intrigante e deliciosa que é.

59. Kalen Anzai – Genjitsu Camera

O orçamento da Kalen Anzai caiu horrores mas a avex segue acreditando nessa garota, e em “Genjitsu Camera” ela conseguiu uma demo da Charli XCX (!) para servir um protótipo de hyperpop muito bem polido e palatável para qualquer homossexual mais básico como eu curtir sem nenhum compromisso. “Genjitsu Camera” surge como um sopro fresco e moderno no meio de tanta diva pop que não consegue sair dos anos 90/2000 no Japão, só é uma pena que parece mais golpe de sorte do que qualquer outra coisa que mostre razões para acreditarmos no futuro dessa guria na indústria.

58. Miliyah – Otona Hakusho

A Miliyah foi outra que saiu lançando um monte de música esse ano que não rendeu um álbum novo, mas tem alguns bons momentos que mostraram que ela é bem artista. “Otona Hakusho” traz a Miliyah servindo RAP em um hip hop/trap

57. Wednesday Campanella – Edison

Por falta de tempo mesmo não deu para acompanhar tudo que eu queria no J-pop, e Wednesday Campanella é um exemplo disso. O grupo ganhou uma projeção no mainstream com o hit ” Edison” e aparentemente serviu grandes músicas nesse ano que ainda não tive tempo de absorver mas acredito na minha bolha e na lista de fim de ano do Lunei que aclamou quase todo single que o grupo lançou esse ano. Na minha lista de fim de ano, eu deixo essa menção a “Edison” que é uma faixa eletrônica fumada e insanamente fofa que serve uma melodia adorável e catártica. Vale a ouvida.

56. YooA – Lay Low

Definitivamente o single moral desse comeback da Yooa, “Lay Low” é incrível. O jeito mais doce e sutil que o timbre da YooA possui se encaixa muito bem nesses versos rápidos e diretos que fazem a música ficar mais excitante e empolgante. “Lay Low” é mais um exemplo de faixa única no K-pop, mostrando que os responsáveis pela carreira da YooA estão bem preocupados em servir coisas diferentes para a trajetória de solista pop dela. Uma pena que o single de verdade meio que broxou qualquer expectativa que eu tinha nesse comeback, mas fico feliz por “Lay Low” ter seu momento e brilhar como ótima b-side.

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