Depois de ter o seu primeiro ano bem sucedido fora do IZ*ONE com o hit de “SMILEY” e 2 EPs vendendo mais de 100k (O que é bem mais que as outras solistas do IZ*ONE vem fazendo), Yena está de volta com seu 1º single album “Love War”. E para quem estava animado com a rockeira mais animada e feliz de Seul te dando vida e serotonina com trabalhos vibrantes e coloridos, a sobriedade de “Love War” acaba sendo chocante:
A mudança em 180º de conceito é algo que me remeteu muito outros tempos do K-pop onde girlgroups iam do conceito mais inocente ao putonas de beco em um comeback, e a mudança de conceito funciona pelo choque. Mas “Love War” acaba sendo apenas uma boa música que qualquer uma lança. É sério, praticamente toda semana tem uma pobre coitada se juntando com algum rapper de qualquer beco de Seul para soltar essa música no Melon, e essa semana foi a vez da Yeninha. Não tenho nada muito contra nem a favor de “Love War” e acho que ela tem potencial nessa sonoridade daqui a uns 10 anos se ela ainda seguir com isso de ser cantora, mas agora ela parece não… tão… vivida para esse tipo de som.
Acho que o que falta em “Love War” é o charme de uma senhora de 40 anos que fuma uns 12 maços de derby enquanto lê Clarice Lispector no sofá da sala. Sabe, Utada Hikaru faria maravilhas com essa música, daria o tom mais elegante e classudo que essa faixa precisa e nem seria single, pois provavelmente Utada teria umas 4 ou 5 músicas melhores que essa. Com a Yena, ficou uma coisa meio… Meio que um R&B que qualquer uma faz. Uma música que não é tão profunda e que falta aquela personalidade única e fácil de ser identificada que ela criou no ano de debut. Você ouve “Smartphone” e (principalmente) “Smiley” e sabe que Yena está ali pronta para te fazer feliz e acabar com a depressão do mundo, mas se toca “Love War” numa playlist você não sabe qual das 50 cantoras de barzinho universitário da Coreia está cantando isso, e a Yena acaba se perdendo na multidão.
“Love War” surgiu cedo demais na vida da Yena, e é um conceito que provavelmente não será sustentado e logo a Yuehua já muda a chave dela de novo para um conceito ainda mais distante. Mas, casualmente, é uma ouvida agradável e prazerosa que não te dá nenhuma raiva ouvindo, mostrando o potencial que a Yena tem para servir versatilidade em diferentes sonoridades. “Love War” é mais uma música que não é boa o suficiente para me dar vontade de ouvir por conta própria novamente, mas também não é um trabalho que me faz sentir que perdi 3 minutos da minha vida ouvindo. Se o mês de janeiro continuar tão meia bomba quanto está, dá para virar um destaque do mês.
Poxa, eu estava tão interessado em acompanhar ela depois do fim do izone e com o debut solo smiley
Mas depois veio os atentados smartphone e love war fica difícil de ajudar, parece que a diva está se esforçando pra flopar cada vez mais
Não custava nada engavetar pretty boys do EP do debut e jogar como single no primeiro comeback