ENHYPEN está de volta com “Bite Me”, mais uma música com mais potencial do que tempo de duração

Se você entrar nesse post pensando: “Masoq? Dougie falando de ENHYPEN? Ele só pode ter sido pago para isso” eu vou te responder SIM! Me mandaram um gostoso PIX para eu falar do comeback do grupo com o quarto mini-álbum “Dark Blood” (Menina e eu achando que eles eram rookies mas até carreira japonesa eles já tem lol). Então, vamos começar com a faixa principal desse comeback, “Bite Me”, mais uma faixa de menos de 3 minutos que conseguiu a façanha de durar menos que uma música da Pabllo Vittar:

Quando “Bite Me” começou eu esperava algo mais… latino. Quer dizer, ainda é um latin pop, mas bem mais discreto do que o que a gente costuma receber de referências latinas no K-pop. Talvez para manter o estilo mais dark e minimalista do conceito de vampiros trevosos deles a faixa se segurou em batidas um pouquinho mais tensas para entregar a sensualidade proposta. E até aí eu aceitei normalmente, estava curtindo os versos, os vocais estavam on point e realmente me envolvi com o início da música, mas quando começou o pré-refrão “Bite Me” me perdeu.

Eu não sei exatamente o que acontece no pré-refrão e no refrão para não me cativar, mas toda vez que toca eu penso “…ah”. Acho que o fato de não se destacar do resto da música me deixou assim pois dava para ser mais extravagante? Talvez. Meter um violão mais ousado, virar mais a chave, fazer a música crescer nesse momento. Desse jeito ficou tudo muito linear e meio chatinho de ouvir. Também senti falta de uma ponte + refrão final (A música acabou de um jeito meio seco), mas sinto que isso é uma coisa que vai ficar cada vez mais comum com essas músicas que duram menos de 3 minutos sendo lançadas com mais frequência.

No geral, “Bite Me” é uma música boa que dava para ser melhor. Acredito que se fosse mais longa e mais ousada nessa coisa latina que eles tentaram, com um gancho em espanhol e um refrão melhor destacado esse comeback seria bem mais memorável comigo (Algo como “O Sole Mio” do SF9), mas do jeito que está não ficou tão ofensivo quanto eu costumo esperar de músicas de boygroup. “Bite Me” tem boas ideias onde eu consigo ver o que eles queriam fazer, e acho que até consegue acertar no conceito dark e sensual (A julgar pela fanbase lá descendo o pau para eles não dançarem com mulheres no palco acho que a pitada sexy desse comeback funcionou), mas não teve a execução icônica que poderia ter. Uma música legal, mas que tinha potencial para ir além.

Hidden gem: Chaconne

O “DARK BLOOD” mantém a atmosfera sombria da faixa principal e é até mais pesado e efetivo em algumas faixas (E dei uma gostosa risada percebendo que a intro só tem 6 SEGUNDOS a menos que o single). “Chaconne” foi a minha faixa favorita do álbum, por ser mais tenso, melhor desenvolvido e transmitir perfeitamente o sentimento agonizante e melodramático que imagino que um boygroup consiga fazer. “Chaconne” é um popzão sombrio e intenso que me deixou fascinado pelo instrumental e prestando atenção neles cantando. Tem o mesmo ponto do refrão se destacar pouco dos versos mas aqui funciona e mantém a energia mais profunda que a música precisa ter. Talvez não seja tão comercial ou dançante quanto “Bite Me”, mas definitivamente seria um single melhor dentro do conceito que o ENHYPEN trouxe para esse comeback. Para quem gosta do movimento de adolescentes rebeldes em cima de um pop punk, “Karma” também é uma boa opção.

5 comentários sobre “ENHYPEN está de volta com “Bite Me”, mais uma música com mais potencial do que tempo de duração

  1. O sf9 faria maravilhas com essa música.. coitado do sunoo tendo que se fazer de hetero nesse grupo, ele não merece esse carma

    • Não acho que eles tentaram algo “latino”, seguiram o que tinham proposto desde o início, algo sensual e discreto, com conceito vampiresco moderno. De qualquer jeito gosto sempre vai variar, eu adorei todo o álbum.

  2. Não sei de onde você tirou esse suposto conceito latino, eu acompanhei cada passo desse comeback e tenho propriedade para dizer que jamais cogitei qualquer latinidade vindo dele. Concordo com o resto da sua análise, mas essa parte eu realmente não entendi; é claro que o ENHYPEN não foi latino se essa não era a intenção.

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