Aparentemente tem uma rivalidade masculina rolando na fanbase entre os fãs do RIIZE e do ZEROBASEONE, provavelmente por serem os dois únicos grupos novos relevantes em 2023 e disputarem a categoria de melhor rookie nas premiações esse ano, então a internet anda bem saudável e leve comentando sobre esses dois grupos quando o assunto é a popularidade deles. Uma rivalidade masculina não é algo que surge todo dia nesse mundo, então nada mais justo do que esse blog TIRAR PROVEITO DISSO e aproveitar para comentar os comebacks dos dois grupos, que voltaram em datas bem próximas. Quem fez o pior comeback, RIIZE ou ZEROBASEONE? Veremos:

Começando com o RIIZE, que aparentemente tem a proposta de ser um contraponto do NCT e lançar músicas consistentemente fáceis de escutar. Tudo em “Talk Saxy” grita início da década passada, indo desde a música até o letreiro no MV, e isso definitivamente não é ruim. Aquele momento dos “rapapapa talk saxy” é horroroso e, como é o gancho principal da música, ele fica voltando para atormentar o meu juízo, mas todo o resto foi bem agradável de ouvir. Eu sou uma pessoa apegada, danço muito com “Problem” e “Focus” da Ariana Grande até hoje, então acabei achando esse pop com sax bem feito e crocantíssimo. Datado? Talvez, mas me divertiu muito.

Não sei se é involuntário ou faz parte do conceito do RIIZE pegar um instrumento específico e transformar em música, mas é a melhor ideia conceitual que a SM teve em uns bons anos. Simples, fácil de executar e que rende umas músicas de verdade que dá para curtir e dançar genuinamente. “Talk Saxy” não é aquela música que mude vidas, mas antes a SM fazendo bem o que todo mundo já fez uns 10 anos atrás do que tentando inventar a roda com uma música horrível.

Já o ZEROBASEONE resolveu jogar no LIXO tudo que eu tinha gostado em “In Bloom” para lançar essa semana “Crush”. A música mais leve e agradável naquela esfera de synthpops sampleando “Take On Me” do A-Ha (E assumindo isso, no caso deles) deu lugar a um drum&bass mais pesado, dinâmico e acelerado, com uma virada industrial horrorosa que, por ser o ponto chave da música, volta casualmente para atormentar o meu juízo. Mas, contrariando as expectativas nesse post, também não achei essa música ruim.

De fato o drop das panelas batendo é horrível e não combina nada com a música, mas todo o resto é bem bom. Diria até que já ouvi drops piores e mais desconfortáveis, então nem isso eu odiei tanto assim. Só acho ele totalmente dispensável, pois a combinação de Drum&Bass e Jersey Club sustenta muito bem a intensidade e drama que a música se propõe a ter, assim como eles cantando e interpretando bem demais essa música. Sem o drop (E nas mãos da BEBE YANA) seria uma música 10/10, mas do jeito que está ainda é um 8/10 bem interessante.

No final, nenhuma das duas músicas é ruim e os dois grupos tem um saldo bem positivo comigo até esse ano. E isso vindo de alguém que normalmente repudia lançamentos de boygroups e repudia mais ainda lançamentos de boygroups novinhos, acho que é um sinal de que eles estão fazendo muito bem o trabalho deles. Particularmente eu seguro mais a mão de “Talk Saxy” por ser uma música bem mais fácil de ouvir e viciar, mas aprecio a ideia por trás de “Crush” e a música tem seu charme também. Será uma disputa interessante pela disputa de rookie do ano entre eles em breve, e justa pois os dois grupos estão mandando bem.