Um dia desses o f(x) (Se estivesse vivo) comemoraria 10 anos de existência do “Pink Tape”. Lembro que alguém me pediu para fazer uma review do álbum ou coisa assim mas, tipo, a Koda Kumi lançou o “Summer Trip” então, né, prioridades. Mas agora o K-pop está meio morto de lançamentos, então é uma boa oportunidade para tirar essa pauta do porão de rascunhos e falar sobre o single principal do “Pink Tape”, a excelente “Rum Pum Pum Pum”:
Os primeiros anos do f(x) foram basicamente feitos de farofas que não combinavam com a marca do SNSD, onde a SM tentava vender como “alternativo” mas ainda eram farofas eletropop que poderiam ou não ser aquisições de alguma gostosa do leste europeu. “Nu ABO”, “Hot Summer” e “Electric Shock” são ótimas faixas, mas não são faixas para forçar qualquer brand “alternativa” no f(x) pois eram farofas que qualquer uma poderia desovar (Menos o SNSD). O que eu falei é mais para corrigir o revisionismo histórico que fizeram com o passar dos anos falando que o f(x) sempre foi um girlgroup “alternativo” e “experimental” dentro do K-pop, pois até 2012 o f(x) era só mais um girlgroup de K-pop do segundo escalão e ninguém na época tentava conceitualizar o grupo. Mas aí chegamos em 2013 com o período de promoções do “Pink Tape”, e tivemos o nascimento do kpopper alternativo nesse momento.
Uma das coisas que a Min Hee Jin é boa é em te convencer que o que você está comprando dela é algo que você não vai encontrar em nenhum lugar, e a indústria do K-pop é um ótimo terreno para isso. Ainda mais em 2013, onde os templates e estética eram bem definidos e objetivos sem precisar de subjetividade ou uma grande interpretação. Com isso, o art film do Pink Tape surgiu como um grande evento com seus estilos de filmagem, efeitos, truques visuais, figurinos e cenários que você não veria um girlgroup de K-pop lançando habitualmente, pois simular a sensação de visitar uma INSTALAÇÃO ARTÍSTICA realmente não era algo que as pessoas pensam muito em fazer para um produto pop.
Junto a isso tivemos a etérea e lúdica “Shadow”, uma das músicas do Pink Tape que serviu de trilha sonora do art film e enriqueceu ainda mais a ideia de girlgroup artístico que vinha por aí. Tudo que era pré-lançamento do Pink Tape indicava que viria a coisa mais woke e “alternativa” delas, e até o nome coreano do single “Primeiro dente do siso” indicava a coisa mais pedante vindo na história de um girlgroup coreano… Então, quando “Rum Pum Pum Pum” saiu, a expectativa foi quebrada com um farofão pop. Mas essa quebra não impede a música de ser ótima.
“Rum Pum Pum Pum” é meu single favorito do f(x) junto com “Hot Summer”. A intro e os primeiros versos na guitarrinha são deliciosos, e quando o batidão e outros elementos entram a faixa fica mais diferente. Um diferente a ponto de ser algo totalmente novo? Acredito que não, mas era uma novidade interessante em cima de tanta farofa EDM e o terrível dubstep que eram as modas do momento no K-pop. As partes de banda marcial (Especialmente no break) são o ponto alto da faixa, assim como a interpretação mais melódica dando um ar de mistério para a música. É uma execução diferente mas não tenta fugir de ser uma farofa pop, e esse é o grande trunfo de “Rum Pum Pum Pum”.
“Rum Pum Pum Pum” é o primeiro momento “realmente” “alternativo” do f(x) no K-pop. Quer dizer, eu com 16 anos me achava a pessoa mais diferentona e rara ouvindo e aclamando essa música mas, agora, vejo que é só um popzão mais fora do que era tendência na época. A partir daqui o grupo passa a experimentar sonoridades mais exóticas e visuais mais marcantes e fora do padrão, mas tudo dentro do que se pode esperar de singles eletrônicos. O f(x) se tornaria uma “prima estranha” na família da SM, mas se você conhece bem vai ver que tem um conteúdo bem legal para explorar.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
F(x) foram incríveis, adoro Red Light, Airplane e 4Walls, a Min Heejin podia plagiar mais o musical delas e não só o artístico
Saudades desse grupo, e uma pena que nunca teremos um comeback com a formação completa… malditos bullies virtuais.
Uma coisa bacana do f(x) é ver como os figurinos mantinham uma identidade visual consistente para cada integrante, como o estilo mais tomboy da Amber ou mais sensual pra musa Sulli (que descanse em paz e esteja feliz onde estiver). Isso faz falta nos grupos atuais, onde você pode pegar um grupo, trocar o figurino de uma integrante pelo de outra (ou de um pelo de outro, no caso dos boygroups) e isso não faz diferença nenhuma.
Sou suspeita a falar pois entre a santissima trindade do F(x) (Pink Tape, Red Light e 4Walls) o PT é oq eu menos gosto, porem ele trouxe oq pra mim foi uma das maiores dadivas do kpop que é a Krystal de cabelo vermelho
e SM é a SM né? Ela cria todo um conceito pra no final gravar o MV dentro de uma caixa, eles até tentaram mudar isso de 2014 pra frente, mas agora voltaram com tudo com o conceito caixa da SM, só que dessa vez tudo escuro
“O que eu falei é mais para corrigir o revisionismo histórico que fizeram com o passar dos anos falando que o f(x) sempre foi um girlgroup “alternativo” e “experimental” dentro do K-pop, pois até 2012 o f(x) era só mais um girlgroup de K-pop do segundo escalão e ninguém na época tentava conceitualizar o grupo.” mas a MHJ sempre foi presente na história do grupo desde la cha ta até 4walls? E a própria SM nos primórdios descrevia o grupo como: “f(x) strives to be the kind of girl group that can change and adapt to many situations. and also f stands for flower and x comes from X chromosome, so it means a flower which reminds of women.”. descrição que se manteve até o último momento do fx.smtown.com quando o site de grupo ainda existia.
O f(x) desde o início foi uma experimentação pra empresa e um debut totalmente não esperado. Muito se fala de outros grupos que debutaram pra abafar outros tópicos que estavam rolando na empresa e com o f(x) não foi diferente já que em 2009 as manchetes tb viviam com o holofote voltado pra treta judicial do TVXQ e Hangeng do SJ. Até mesmo a lineup foi decidida bem na correria já que a SM tinha trainees conhecidas e famosinhas que acabaram não debutando no grupo. Tirando isso, texto ótimo.