Review Retrô: Quando a Koda Kumi botou todo mundo para lamber o pirulito dela em “Lollipop” (2010)

Essas semanas prometem ser bem paradas tanto no K-pop (Os comebacks relevantes já estão sendo anunciados lá para agosto) quanto no J-pop (Afinal quem vai ligar pra música com as Olimpíadas rolando a qualquer custo por lá?), então eu vou tentar alimentar o blog com o máximo de velharias possível para as coisas não ficarem extremamente paradas por aqui. E metade dos leitores são um bando de cacuras saudosistas que mal suportam 3 grupos atuais, então acho que vai dar certo se eu mexer o máximo com a nostalgia de vocês por aqui.

E, para começar, vamos aproveitar que é verão e que Koda Kumi já anunciou o seu set de singles da estação esse ano para falar de quando ela era a fodona do verão japonês com um de seus últimos hits platinados na carreira, “Lollipop”:

Hoje em dia todo mundo leva os lançamentos de verão da Kumi meio que no automático, mas quando ela sabia o que era vender decentemente alguma coisa, esses singles de verão eram um evento. Muitas vezes esses lançamentos de verão serviam o auge do ero kakkoi da Kodão, farofonas crocantes, muitos PVs e suas faixas principais amadas por fãs e gays em geral, então as expectativas para cada anúncio de comeback de verão eram sempre altas. No verão japonês de 2010 Kumi lançou o single “Gossip Candy”, e a faixa principal desse single foi “Lollipop”.

Lollipop é a clássica faixa de piranhona que Koda Kumi lança desde que ficou famosa por ser uma piranhona e faz até os tempos atuais. Aqui ela é a gostosa mais gostosa que brinca com homens que se acham gostosos mas são apenas estúpidos, e no fim ela não deixa a bala do macho acertar o pirulito dela (Que baixaria, Kumi), em cima de um popzão que é bem a cara dos popzões de início dos anos 10: Uma escolha questionável de batidas que, de alguma forma, funcionam juntas, entregando toda a vibe sexy e provocante que Kumiko quis passar aqui.

O que dá certo em “Lollipop” e não dá certo em boa parte dos lançamentos de piranhona da Kumi é que ela não tenta bancar a jovem antenada nas tendências nesse single. “Lollipop” é uma bagunça fortíssima, mas totalmente única e memorável, que numa primeira ouvida você não entende absolutamente nada tanto da música em si quanto do inglês horroroso dela (Kumizão mandando um “I touch ya booty booty” sendo que a letra é “I dodge ya bullet, bullet”… Oh, mulher) mas vive por ela e quer ser uma piranhona que segue tudo o que ela faz. A graça de “Lollipop” é que ela é uma bagunça que só Koda Kumi consegue sustentar, pois ela sabe (Ou sabia) muito bem como fazer essas faixas de boss bitch funcionarem no J-pop.

O PV… Bem, como explicar o PV? Tem Kumi montada em um cavalo correndo na praia:

Kumi com esse visual… Vaqueira gostosona? Indiana Jones gostosona? Dona de terras de novela mexicana porém gostosona? Não entendi muito bem esse figurino mas ela serviu nele:

Kumi dançando num tapete vermelho que botaram NO MEIO DA PRAIA:

Kumi lambendo um pirulitão:

Kumi roçando com seus dançarinos a céu aberto:

E por aí vai. Ela basicamente vai no mesmo embalo da música: Uma bagunça altamente questionável com coisas que não são nada a ver com nada, mas que a Koda dá um jeito de fazer funcionar. Afinal é verão, e ela tem todo direito de fazer um surubão na praia em cima de um tapete enquanto exibe uma barriga trincadíssima. YASS, KUMI! SLAAAAAY!

“Lollipop” traz toda aquela coisa bagunçada e gratuita da Kodão do erokakkoi. Ela é gostosa, ela é poderosa, ela NÃO está afim de você, e tá aí mostrando que é fierce até hoje (Em faixas BEM mais fracas em comparação, mas ainda está lá). No fim do dia esse conceito é algo extremamente confortável para a Kumi, ela faz o que tem que fazer e eu fico extremamente entretido com toda a aleatoriedade dela. Uma pena que as bagunças dela hoje em dia são apenas bagunças como um todo, mas alguém que lançava coisas como “Lollipop” em 2010 não tem muito o que provar para alguém hoje em dia.

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2 comentários sobre “Review Retrô: Quando a Koda Kumi botou todo mundo para lamber o pirulito dela em “Lollipop” (2010)

  1. Que dia eu posso passar aí na sua casa?
    Vou te levar em uma fábrica de biscoitos

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