Normalmente a gente está acostumado a ver um girlgroup não sobreviver a um grande escândalo. Quer dizer, um girlgroup que tenha o mediaplay de uma grande empresa a seu favor consegue dar a volta por cima, mas um girlgroup de uma empresa fundo de quintal como a Cube, por exemplo? Na primeira bomba a gente decretava caixão e vela preta. E era isso que o pessoal esperava que rolasse com o (G)I-DLE depois do caótico ano de 2021 na vida do grupo… Mas o ano de 2022 veio como uma fênix para a vida delas, e o (G)I-DLE acabou renascendo das cinzas como uma das sensações desse ano.
Para entender (Um pouco) melhor esse revival do (G)I-DLE, temos que entender o que derrubou o grupo para começar. Então vamos voltar para 2021, ainda na época das promoções de “Hwaa” que acabaram sendo interrompidas devido ao escândalo de bullying que atingiu a integrante Soojin. Na época uma onda de exposeds de bullying se iniciou depois do banimento das gêmeas Lee Jaeyoung e Lee Dayoung, duas das melhores e mais populares atletas do voleibol sul-coreano, e isso desencadeou uma série de acusações e exposições de atletas, artistas, personalidades da mídia e, claro, idols sul-coreanos que supostamente praticavam bullying nos tempos de colégio ou na maioridade. O caso de Soojin foi um dos que mais ganhou notas na Coreia, e isso acabava afetando o (G)I-DLE, que teve que interromper a divulgação do comeback acima, anunciar o hiatus da Soojin e editar a integrante do MV de “Last Dance” como uma forma de conter danos. Meses depois, foi anunciado que Soojin não faz mais parte do (G)I-DLE.
A partir disso, o próprio futuro do (G)I-DLE ficou meio incerto. Não era exatamente um disband, mas acho que todos esperavam que o grupo (Que até então, era um grupo em ascensão na indústria) afundasse na popularidade, charts e ficasse tão relevante quanto o CLC. Quem tinha a oportunidade promovia sozinha, a Cube lançou outro girlgroup e o (G)I-DLE seguia nesse “hiatus forçado” para descansar a imagem e o povão desassociar a Soojin ao nome do grupo. Porém, diferente da DSP Media, a Cube segurou as pontas das outras meninas e, em março de 2022, o (G)I-DLE voltou com o seu primeiro álbum “I Never Die” e o single “TOMBOY”.
E “TOMBOY” virou um fenômeno. Todo mundo na Coreia queria ser uma TOMBOY e servir atitude, a música viralizou no TikTok e o (G)I-DLE conheceu o All-Kill, o Perfect All-Kill e o #1 do ex-Gaon Chart, sendo o primeiro #1 do grupo no chart coreano. Não só isso, mas “TOMBOY” se consolidou como um grande smash hit e a faixa assinatura do grupo, que se mostrou como um dos grandes girlgroups do primeiro semestre com o que se tornou um dos maiores hits do ano na Coreia. O fenômeno de “TOMBOY” foi tão grande que foi além da Coreia, com as Idle conseguindo fazer um bom sucesso no sudeste asiático e com números expressivos em charts globais da Billboard.
Mas até aí, esse sucesso todo seria apenas um golpe de sorte com um viral de TikTok, certo? ERRADO, pois ainda esse ano o grupo voltou com o EP “I Love”, e o single “Nxde” se tornou outro fenômeno acumulando mais #1, mais Perfect All Kill e o EP que vendeu 700 mil cópias, quase triplicando o recorde de vendas anterior do grupo, em um comeback que potencialmente deve ser ainda maior que “TOMBOY”. O (G)I-DLE deixava de ser uma incerteza na indústria para se tornar um dos grandes girlgroups do K-pop em 2022.
Explicar esse fenômeno que o (G)I-DLE foi em 2022 seria meio complicado, pois o grupo parece ser um daqueles casos que lançou a música certa no momento certo e *BOOM* aconteceu. Mas tentando explicar o que fez o ano do (G)I-DLE ser tão icônico em termos de popularidade, charts e impacto, eu diria que o grupo, como um todo, conseguiu mostrar toda a personalidade e autenticidade que passou anos lutando. O (G)I-DLE começou como “BLACKPINK da Cube”, depois passou um tempo sendo o “Girlgroup da Soyeon” (Algo que é até hoje, mas nada no nível Suzy A e tal) mas não era nada que fizesse o público delirar pelo (G)I-DLE. Esse ano, o (G)I-DLE conseguiu chamar atenção com duas músicas autênticas, e o sucesso foi uma consequência disso.
Por exemplo, por mais que “Nxde” não me impacte pessoalmente como música, reconheço que é um trabalho que ninguém dessa geração teria a audácia de lançar, desde letra, melodias, o conceito, visuais e a atmosfera mais debochada e provocativa, atingindo uma área que nenhum girlgroup atinge hoje. Mesmo com um outro produtor tentando fazer o mesmo, a Soyeon consegue fazer ela e o (G)I-DLE convencerem em toda a atitude e carisma que uma jovem descolada e selvagem quer transmitir. “TOMBOY” pode ser um pouco menos ousada por seguir uma trending do pop punk anos 2000, mas a ideia de fazer algo tão louco e tão “legal demais para você” permanece muito bem executada. E por ser uma sonoridade que eu consigo desfrutar mais, eu consigo colocar “TOMBOY” na minha playlist e me divertir toda vez que boto para tocar aqui em casa.
2022 fez o (G)I-DLE ser reconhecido como um grupo potente e transgressor, e isso se reflete em todo o sucesso que o grupo vem acumulando esse ano. Talvez fique faltando esse reconhecimento em prêmios, uma vez que a disputa dos girlgroups esse ano foi bem intensa com muitas meninas hitando na Coreia, mas o fato do (G)I-DLE começar o ano desacreditado e terminar como um dos grandes líderes do K-pop em 2022 deveria ser valorizado com alguns troféus de melhor girlgroup de 2022, uma vez que as gatas se esforçaram muito e conseguiram mostrar que são um dos melhores girlgroups do ano.
Fiquei contente por elas terem sobrevivido depois da polêmica, cansada de ver grupos femininos tendo reputação manchada por suposição de alguma coisa sendo que os grupos de empresas grandes ou masculinos tem polêmicas e nenhum acaba. O que mais irritou na época que lia era que muitos diziam que o grupo perdeu a membro mais bonita, e que não iria chamar mais a atenção dos coreanos, bom, eu queria ter visto a cara de cada um que disse.
Tomboy é uma musiquinha divertida, não escuto sempre, mas sempre aqui e ali roda meu play.
A maneira como o G-IDLE funciona me intriga. Um grupo com trabalhos autorais no k-pop ainda é um fato admirável, ainda mais pq as meninas já afirmaram que a própria CUBE muitas vezes não bota fé nos singles do grupo, e tudo sempre é um acerto fora de série. O G-IDLE voltou com tudo porque é consistente desde o início.
Uma pena tudo o que aconteceu com elas em 2021, mas vou confessar que só nesse ano MESMO que eu consegui notar as outras inetegrantes que não a Soyeon. A Shuhua é lindísima, a Minnie também, Miyeon tem uma voz linda e a Yuqi tem uma das vozes únicas femininas no k-pop e tudo isso antes passava desapercebido por mim, a atitude e carisma da Soyeon escondiam todo o resto. Espero que elas consigam se consolidar cada vez mais, merecem muito.
rainhas do ano viu o girlgroup mais bem sucedido da cube e digo com propriedade já que acompanhei o finado pominute
as irmãs cravinho do vôlei kkkkk vc acompanha vôlei Dou?
Acompanhava mais quando estava desempregado, amava ver a Superliga e talz. Hoje em dia não tenho esse tempo todo mas tento acompanhar pelo menos os torneios de seleções