ALBUM REVIEW: GOT the beat – Stamp On It – The 1st mini album

Chega a ser interessante ver a bagunça que a SM Entertainment está esse ano, com toda semana saindo alguma polêmica administrativa com decisões administrativas altamente duvidosas que levaram até mesmo o Lee Soo Man a processar sua ex-empresa. Quem está acompanhando atentamente as notas do Naver deve estar se deliciando pela fofoca por ver o império ruindo, mas eu prefiro acompanhar as presepadas do Loona mesmo. Além disso, nem precisa saber que a SM está sendo administrada da forma mais questionável possível, uma vez que o 1º mini álbum do GOT the beat já entrega bem o que acontece lá: Ninguém sabe exatamente o que faz, só lançam umas coisas da forma mais bagunçada possível e boa sorte para os envolvidos.

Artista: GOT the beat
Álbum:
Stamp On It – The 1st mini album
Lançamento: 16/01/2023
Gravadora: SM Entertainment
Nota: 60/100

Tem duas coisas que a SM não sabe fazer direito: Música industrial tryhard e música descaradamente impactante, e esse EP tenta as duas coisas. “Stamp On It” tem vários maneirismos que me desagrada em músicas da SM no geral pois a SM não é boa em músicas diretamente fortes. Eles são ótimos quando apostam em uma abordagem mais sutil, sofisticada e R&B como em INVU ou a maioria dos singles ótimos que a BoA lançou na última década, mas infelizmente o mini álbum tenta me convencer demais que elas são fodonas sendo que 1) Não é necessário e 2) Nem elas se vendem direito com esse conceito. A Taeyeon achou que tinha pagado todos os pecados performando “Gee” por 5 anos mas mal sabia ela o que estava por vir em 2023.

Mas o mais interessante desse álbum é que você ouve e não tem um traço sequer que faça pensar que é algo de uma superunit de artistas femininas da SM. As músicas variam entre cortes de álbuns do NCT (!!!), EPs do aespa e vagamente um ou outro momento do Red Velvet, mas parece uma tentativa desesperada da SM de vender um grupo jovem, trending e que converse com o que a fanbase gosta de consumir hoje em dia tanto sonora quanto visualmente… Como qualquer outro grupo de qualquer outro bueiro do K-pop. O GOT The Beat devia ter uma abordagem com mais personalidade, um negócio único onde elas entregassem uma música ousada e visuais especiais, sabe? Eu queria ver um grande e épico EVENTO vindo desse grupo que nunca mais será visto novamente, e elas entregam mais uma tentativa quinzenal falha da SM em entregar algo forte.

Individualmente é um álbum que tem músicas tenebrosas e músicas boas, mas nada parece ser muito planejado para elas. A SM só viu que “Step Back” deu certo e hitou e tentaram prolongar um projeto de uma música só para um EP. É difícil ouvir esse álbum e imaginar se houve algo exclusivamente planejado para elas, e isso é ruim pois o que era para ser um projeto memorável acaba se tornando um dos comebacks mais dispensáveis e esquecíveis que a SM me proporcionou. Ao mesmo tempo que “Stamp On It” é uma bagunça pretensiosa, é um Ep que consegue ser extremamente preguiçoso e sem nenhuma ideia conceitual por trás.

Faixa a Faixa

O que eu comentei sobre “Stamp On It” no início do ano se mantém até hoje: Música chata e cansativa, com uns drops altamente questionáveis que fazem essa música ser ainda mais chata e cansativa, além de se tornar uma experiência torturosa e interminável. É uma música que eu ouço para ver o quão fundo ela pode ir, e quando ela termina eu fico pensando “Uau… que experiência!” da pior forma possível. Que bom que ninguém fingiu muito com essa música e nem charts ela tem para os 12 fãs se escorarem pois minha nossa, imagina o pessoal forçando que isso é bom?

“Goddess Level” começa sendo basicamente uma música do aespa e eu já estava pensando comigo mesmo “Meu deus lá vamos nós de novo”, mas o instrumental tirado de alguma demo do Litlle Mix/Fifth Harmony lá em 2014 me pegou muito de surpresa aqui, e a música melhora. Talvez eu tenha gostado disso aqui pelos motivos errados, mas é uma música tão datada que dá a volta e fica… Bom? Diferente de “Stamp On It”, as viradas de “Goddess Level” deram certo e a música fica divertida de ouvir. “Alter Ego” vai pelo mesmo caminho de virar uma farofa de 2014 do nada no meio de um popzão mais pesado mas o instrumental é mais sutil e, por isso mesmo, é a melhor música desse EP.

“Rose” é um daqueles números Hip Hop industriais que o NCT 127 lançaria como algum follow up de mano fodão, mas aqui é uma album track de mina fodona. Curto o instrumental, mas tem umas meninas que simplesmente não vendem a vibe e volta a ser aquela coisa cansativa que o single já foi. Não sei, não fiquei 100% afim dessa música, sabe? Achei boa, mas acho que seria melhor como um solo da BoA ou da Seulgi. Já “Outlaw” é o alívio cômico do álbum, com um monte de gatinhas que estão há 1 década vivendo em mansões de luxo tentando me vender hiphop badass como se fossem as mais bandidonas de Seul. Eu dou umas risadas gostosas com a intro e o refrão, especialmente quando tudo vira um grande barulho que fica praticamente inaudível.

Por fim temos “MALA”, que é aquela pitada de Red Velvet que eu comentei antes com um instrumental mais selvagem e cru misturado com uma melodia mais pop e vocais mais suaves e sussurrados. “MALA” é o único momento do álbum onde elas são extravagantes e entregam um som mais inesperado, não conversando em nada com o resto do álbum (O que é uma vantagem aqui, convenhamos) e sendo a música mais refrescante do álbum depois de tanto batidão pesado e pretensioso, pegando leve nos sintetizadores e entregando um trabalho agradável. Uma música leve para aliviar tanto peso morto nesse EP.

Conclusão

A SM só queria fazer mais dinheiro fácil com um projeto que deu certo sem muito esforço e direcionamento com ainda outro trabalho sem muito esforço e direcionamento… E julgando pelo #80 do single na Gaon e os 150k de vendas do EP, acredito que deu errado. Se é para a SM lançar músicas ruins que elas já lançam em seus grupos originais, então deixa essa ideia de Supergrupos femininos para quem sabe fazer direito.

13 comentários sobre “ALBUM REVIEW: GOT the beat – Stamp On It – The 1st mini album

  1. A Taeyeon não tá pagando pecado nenhum. Antes ela não tinha poder na empresa, agora ela tem. Ela tá aí por que quer passar essa vergonha.
    No final, fica a sensação de poderia ter sido mais e melhor. Em Get Back até que o instrumental é legal, apesar da letra deplorável. Esse single aí, sem palavras. Decepção, o único ganho no projeto é a interação entre elas.

  2. É, as únicas músicas que dá pra ouvir por prazer e não como auto flagelação são essas que você comentou mesmo. Era melhor ter dado um comeback pro aespa.

  3. Sei lá, se eu fosse investir nesse grupo, faria o single ser algo épico, bem diva, opulente, fierce, pra combinar com o conceito de juntar as “mais mais” da SM.
    Já nas b-sides, eu brincaria mais, colocaria uma faixa inspirada em cada um dos grupos/solistas presentes.
    Uma mais poluida e try-hard do aespa, outra espevitada e conceitual do red velvet, uma inspiradora e meiga do SNSD e uma classuda e poderosa da BoA.

  4. Por mim a formação já teria mudado esse ano, colocando Ningning, Gisele, Joy, Irene, Yuri e Sunny (essa provavelmente não vai porque não gosta de sair de casa)…

    • Seria INCRIVEL se conseguissem molhar a mão de uma ex-SES pra fazer a cota casa de repouso

      • Eu daria tudo pra ver a NingNing e a Bada tendo uma batalha de divas soltando as notas mais altas da indústria por uns minutos

  5. Concordo que o GOT deveria ter sido um evento bem mais pomposo. Só lembrar daquele pataquada de “Marvel Avengers do k-pop” tentando fazer Jopping (pffft pelo amor de deus) acontecer pelos Estados. E ai temos nomes tão importantes ou até mais (é a BoAzuda né) ness super-grupo feminino e elas ganham… tratamento de nugu girl-crush.

    É realmente bizarro como preferiram dar um comeback pra isso do que pro Aespa, como se elas tivessem entrado numa fria de relações públicas. No pior, elas tão com popularidade baixa justamente por que não estão tendo promoções.

    No final do dia, só oque eu vou lembrar é da Hyo botando a boca do trombone pra dizer que o Coachella queria mesmo é a “DC Liga da Justiça do kpop” no evento deles em vez do Aespa e as primeiras só não foram porque só tinham uma música pra cantar kkkkkkkk

  6. Eita que eu ainda nem ouvi o mini delas aaaa, mas sei lá, não tô com mts expectativas quanto.às faixas não…

  7. “Mas o mais interessante desse álbum é que você ouve e não tem um traço sequer que faça pensar que é algo de uma superunit de artistas femininas da SM”

    Por sinal, pra ser uma “superunit”, ela não teria que ter, sei lá, TODAS as artistas femininas da SM? Ou pelo menos todas as integrantes do aespa e do Red Velvet, mais a BoA e as integrantes do SNSD que ainda têm contrato com a SM? Nem que fosse pra só as 7 do GOT the beat (que nome é esse???) cantarem e as outras ficarem no fundo como dançarinas do Faustão, como faziam as saudosas (e finadas) E-girls…

    Se bem que fã de k-pop surta se cada idol presente não tiver pelo menos uma linha (imagina se eles pegassem os primeiros álbuns do finado Destiny’s Child e descobrissem que a Beyoncé muitas vezes cantava 100% dos solos e as outras só faziam voz de fundo no refrão…).

  8. Quando é que essa era de try hard dos girl groups vai acabar no Kpop em? É uma música boa pra 100 porcarias que sai o ano todo. Esse som combina com boygroup pq eles tão acostumados a esconder as vozes ruins com sons mais altos, girl group não precisa disso (e a culpa é das kxorras do Blackpink)

    • Tomara que as Babymonster venham com uma pegada diferente e deem um fim na era try hard.

      Se bem que é mais provável que a YG, preguiçosa como é, lance elas com algum descarte do BlackPink… se até as aespa e ITZY (que vêm de agências com sonoridades mais diversificadas) não escaparam dessa moda, acho difícil o Babymonster escapar. Mas fica a torcida.

      • só vi uns dois dos vídeos que a yg soltou do clube mickey idol e vem descarte do BP com toda certeza (só quero saber quem além dos fã da empresa vão comprar um bando de pirralha catarrenta tentando rimar que são as mais fodonas da indústria)

Os comentários estão desativados.