Jimin (ex-AOA) vai mesmo seguir lançando músicas de garagem ao invés de ser a maior rapper da história com “Sympathy”

Depois de um longo tempo de hiatus e um comeback na TV com o reality show “Second World”, Jiminzão ex-AOA agora é Shin Jimin e está de volta com seu 1º mini-álbum “BOXES”. O single para esse mini-álbum é “Sympathy”, e se você ainda não sabia que ela tinha desistido de ser a Tupac coreana para viver como cantora de rock indie, vai ficar sabendo com esse lançamento:

A Jimin deve ser daquela leva de rappers no K-pop que só era rapper pq não sabia cantar, daí aprendeu a harmonizar e segurar duas notas e agora nunca mais vai fazer um rap na vida. É por isso que ela entrou naquele reality Second World e agora está lançando esse EP com músicas que valorizem a vocalista que ela é agora. Jiminzão não veste mais a carapuça de motherf**ker top madam e agora é uma nova mulher tentando se encontrar como artista e talz. Eu acho que o timbre exótico dela combina mais com os raps exóticos de antes, mas boa sorte para ela nesse novo caminho que tomou.

Quanto a música, “Sympathy” reforça a persona roqueira indie da Jimin, onde ela tem uma garagem e um microfone para gravar as coisas. Particularmente acho prazeroso esse estilo indie rock e tenho algumas bandas e artistas de estimação na Coreia que escuto para alimentar minha persona cult e hipster (Ouçam Love x Stereo, aliás, descubri um dia desses e acho uma delícia), mas essa música da Jimin é só desinteressante mesmo. O instrumental é legal e é bem o que espero de números indie rock na Coreia com essa atmosfera mais calma e passional, com uma progressão lenta e elementos mais suaves, mas me incomoda o filtro que botaram na voz da Jimin durante a música inteira, ficou estranho para o vocal exótico dela mas ele não dá a volta e fica charmoso. Não acho que ficou ruim, mas eu termino de ouvir e fico pensando “Hum…Ok, gata”. A música já é bem linear, aí deixam o vocal dela mais linear ainda e “Sympathy” parece girar em círculos, deixando a música cansativa. Uma pena.

“Sympathy” reforça o caminho de palcos de barzinho hipster que a Jimin quer seguir como artista e, mais uma vez, desejo sorte nessa nova oportunidade de continuar na indústria. Eu respeito isso e até vou dar mais algumas chances pois gosto do instrumental, gosto do estilo e não acho que a voz da Jimin seja tão difícil de acostumar, mas não é tão interessante quanto a rapper idol proprietária do “HEY!” que ela foi por todos esses anos. Junta isso ao fato de “Sympathy” não funcionar tão bem e temos aqui um comeback que ninguém vai dar muita moral. Talvez eu mude minha opinião se ela lançar um rockzinho mais enérgico e menos melodramático (“Suddenly”, por exemplo, é bem mais legal), mas o EP de retorno da Jimin definitivamente não é para os mesmos homossexuais que hyparam “Puss” e outros bops solo da fase rapper dela.

Ah, mas o cover de “U-Go-Girl” dela é muito bom e um dos poucos covers dessa música que eu gosto de ouvir, vale a pena dar um play:

7 comentários sobre “Jimin (ex-AOA) vai mesmo seguir lançando músicas de garagem ao invés de ser a maior rapper da história com “Sympathy”

  1. “A Jimin deve ser daquela leva de rappers no K-pop que só era rapper pq não sabia cantar”

    Será? Porque se fosse esse o caso, faria mais sentido colocarem a Seolhyun ou a Mina como rappers do AOA, considerando como as duas eram limitadíssimas (a Seolhyun conseguindo inclusive a façanha de NÃO TER VERSO no primeiro single do grupo) e algumas músicas inclusive traziam a Jimin cantando (e melhor que as duas) – vide a icônica “Like A Cat”.

    Eu amava ela posando de rapper fodona mesmo tendo voz de personagem de Alvin e os Esquilos, mas depois de todo o escândalo feito pela Mina que destruiu a carreira da Jimin e do AOA (e que ironicamente depois acabou destruindo as chances de carreira da própria Mina), acho que agora a Jimin quer passar uma imagem mais “paz e amor” pra deixar todo esse passado pra trás. Torço por ela.

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