Foi um mês inteiro enrolando com essa icônica lista, mas finalmente chegamos no Top 10. Nesse post vocês vão conhecer as 10 maiores músicas de 2021 na minha playlist, as fodonas que dominaram o ano passado com muita qualidade e crocância. Tem música de grande gostosa, música de otaco fedido, solos masculinos e femininos, Toshikão brilhando duas vezes com o comeback do Capsule e a maior música de todos os tempos até a próxima maior música de todos os tempos surgir. Sem mais delongas, segue o Top 10:
10. WJSN The Black – Easy
“Easy” pelo jeito é o mais próximo que teremos de um girlgroup de grandes gostosas servindo um batidão de grandes gostosas para os gays em um bom tempo, afinal o sexy concept está na cadeia e os girlgroups de hoje não se empoderam mais com rebolados, roupas de latex e shortinhos cavados. Mas “Easy” mostra classe, sofisticação e elegância em meio a toda essa sensualidade, com o WJSN The Black mostrando que está bem confortável em servir aquilo que os gays querem. “Easy” é a pura modernização e refinamento do sexy concept que marcou a vida de vários gayzinhos dessa fanbase, e é claro que deitei para isso a ponto de botar o WJSN The Black como o melhor lançamento que um girlgroup teve em 2021.
09. Capsule – Virtual Freedom
A primeira aparição do Capsule no Top 10 pois o Nakata não só teve o seu ano mais inspirado nas produções em TEMPOS, como ele reservou as melhores produções para Toshikão brilhar no comeback da dupla. “Virtual Freedom” é o melhor momento retrofuturista dos singles do Capsule, me lembra muito o ótimo trabalho que o Satellite Young fez em vida e funciona muito bem em toda essa psicodelia e brincadeira de processadores que o Nakata costuma ter em seus trabalhos. É muito legal ver o Capsule de volta e foi mais legal ver que eles voltaram com um trabalho temático, pensado e muito bem executado. “Virtual Freedom” é uma viagem prazerosa no futuro da música eletrônica, ao mesmo tempo que te leva ao passado e cria seu próprio universo onde os vocais processadíssimos de Toshiko comandam um som com muita energia e cor.
08. Yukika & Pat Lok – The Moment
2021 foi um ano muito bom para gatinhas que tinham 20 reais, um sonho e um produtor que acreditasse nelas. Um exemplo disso é a Yukika, que recebeu um convite do DJ Pat Lok para sair um pouco da sua zona de conforto city popesca com “The Moment”. Claro que esses números eletrônicos noventistas também não são uma novidade na vida da Yukika, mas ver isso como single e com um vídeo bem conceitual de quem só tinha duas marmitex para dividir com a produção foi algo bem refrescante e, digamos, “inovador” dentro desse universo que a Yukika vem criando com sua discografia. Além disso, os vocais doces da Yukika estão mais maduros e menos fantasiosos, o que dá uma energia ainda mais profunda e intrigante para a música. “The Moment” faz a Yukika sair do seu lugar comum, e a Yukika faz de “The Moment” uma excelente canção.
07. Utada Hikaru – One Last Kiss
Eu não tenho muita conexão com a Utada como eu tenho com as divas da avex porque quando conheci a fofa ela estava naquele hiatus de quase 1 década e tal, mas quando uma música dela bate comigo…. Nossa… Bate com força, viu. “One Last Kiss” é uma faixa vibrante a sua maneira, num instrumental eletrônico que parece fofo e simples de início porém, conforme a música se desenvolve, vai ganhando camadas e mais camadas até criar uma atmosfera catártica que a Utada sabe fazer muito bem. “One Last Kiss” tem aquela pegada experimental e diferentona que a faz única, mas também é um pop sofisticado e delicioso que conquista qualquer um que ouve.
06. PRSNT – All Night Long
Eu não imaginava que colocaria uma música de ex-integrante do 4MINUTE entre as minhas 10 faixas favoritas de 2021, mas a Jiyoon conseguiu com a bandinha dela algo que o K-pop esqueceu com o tempo: Ser fundo de quintal. A grande magia de “All Night Long” está em soar amador, o tipo de música feito em garagem com os amigos, com tudo que soa errado dando a volta e se tornando perfeito pois os melhores pop/rock tem esse charme mais emocionado e descompromissado, conseguindo ser maravilhosa simplesmente por não tentar ser perfeita. “All Night Long” traz toda a emoção e energia que uma bandinha indie rock pode oferecer, e o PRSNT fez a Jiyoon finalmente ter um trabalho dela na minha playlist.
05. Key – Bad Love
“Initial S” da Sori segue sendo a melhor música chupada da discografia do The Weeknd (Melhor até que o próprio The Weeknd), mas o Key chegou MUITO perto de bater de frente com “Bad Love”. Eu não esperava um synthpop tão melancólico e distorcido vindo do Key (Ainda mais depois daquela parceria chatíssima com a Taeyeon), e é tudo tão intenso e gravado como se o Key estivesse no limite que eu perco até o fôlego ouvindo. “Bad Love” é envolvente, hipnotizante, ousada, caótica e sensacional, sendo o melhor trabalho que o SHINee soltou em 2021 sem muito esforço.
04. Ken Hirai – 1995
A coisa mais legal de acompanhar o J-pop (Principalmente na cena eletrônica) é que os produtores e DJs não tem medo de serem nonsense. Claro que quando erram eles erram feio, mas quando acertam temos coisas como “1995”, que promete ser uma loucura do início ao fim e cumpre com muito gosto. Logo nos primeiros segundos você sente que está entrando em muitas drogas e efeitos psicodélicos, onde você viaja tanto quanto o véio do MV carregando a cabeça do Ken Hirai por um mercadinho sem nenhum motivo aparente. “1995” transmite uma liberdade revigorante, onde eu me sinto livre para fazer o que quiser e ser completamente DOIDO imaginando diferentes possibilidades e sentimentos que essa música pode me despertar. “1995” é uma música que me permite ser louco e ser eu mesmo ouvindo, e por isso é de longe a melhor música que já ouvi do Ken Hirai até aqui.
03. AKMU – Hey Kid, Close Your Eyes (with Lee Sun Hee)
Aparentemente o Chanhyuk desenvolveu uma severa depressão pós exército, pois só isso explica a existência de “Hey Kid, Close Your Eyes”. Ouvir e ver “Hey Kid, Close Your Eyes” é uma experiência única de verdade, daquelas que você para e pensa na complexidade que a obra tem e em como K-pop ainda pode me surpreender. Quem me conhece sabe que apoio o K-pop mais simples e sem tentar me fazer pensar, mas o AKMU conseguiu com “Hey Kid, Close Your Eyes” uma faixa pretensiosa e audaciosa sem ser pedante e chato como a maioria das tentativas conceituais de K-pop. Aqui temos uma faixa carregada na medida certa, que me prende a atenção e me deixa impactado sendo uma música forte que me deixa marcas depois de ouvir.
02. Capsule – Hikari no Disco
Provando que sou um dos maiores otakus da internet, aqui estamos com o SEGUNDO tema de anime nesse Top 10. “Hikari no Disco” (O tema de alguma pataquada de “Sidonia no Kishi”) tem a mesma intenção de “One Last Kiss” (O tema de qualquer bobagem de “Evangelion”) em criar seu próprio universo catártico, mas aqui temos alguns fatores que elevam essa faixa ao 2º lugar desse Top 100: O fato dessa ser a saída de Toshiko Koshijima da jaula depois de 6 ANOS, o já citado conceito retrofuturista que brilha no excelente tato de produtor do Nakata, que estava inspiradíssimo e criou uma faixa extremamente forte e brilhante para o comeback da dupla. “Hikari no Disco” é o melhor J-pop de 2021, e só não está no topo pois uma jovem bêbada destravou sentimentos que há tempos eu não sentia com música pop.
01. Youha – Abittipsy
Fun fact: Um dos álbuns que me fez afundar nesse universo caótico e sensacional da música pop é o “Body Talk” da Robyn. Lembro de ouvir esse álbum e achar ele totalmente avançado, com sintetizadores únicos e uma sonoridade totalmente a frente de tudo que já havia escutado. É um álbum pop/EDM muito bem feito, onde cada música tem sua própria identidade e, quando combinados no álbum, formam um trabalho totalmente original e perspicaz. Mesmo que, na prática, esse synthpop não seja realmente uma novidade, o “Body Talk” fez de um jeito tão impactante e intenso que parece que a Robyn inventou tudo isso. Não é a toa que “Dancing On My Own” foi eleita a melhor música da década por diversas listas e “Call Your Girlfriend” é uma das minhas músicas favoritas da vida.
Agora por que tem esse parágrafo safado para aclamar a Robyn? Pois “Abittipsy” é a versão coreana de muitas coisas que o “Body Talk” tem. O synthpop do final dos anos 2000/início dos anos 10 é sensacional e distancia a música das outras (maravilhosas) viagens ao synthpop retrô que o K-pop fez em 2021, e a Youha tem uma interpretação de milhões servindo a gatinha bêbada e delusional divagando em seus próprios pensamentos malucos e com pouca coerência (Afinal, ela está bêbada né) mas que, de alguma forma, se conectam, tal como as letras e a interpretação própria da Robyn. Tudo em “Abittipsy” me traz o mesmo sentimento de descoberta e revelação do “Body Talk”, me dando aquela sensação de melhor música da história que eu sinto toda vez que eu dou um play nesse single da Youha. Claro que “Abittipsy” não é a melhor música da história, mas é fácil a música que definiu o meu 2021 no pop asiático.
Para ver o resto dessa maravilhosa lista de maravilhosas músicas de 2021 no Asian Pop, só clicar na tag Year End 2021 com todas as 100 músicas listadas nesse blog. E para seguir 2022 firme e forte como um dos menores blogueirinhos de música pop, siga o Pop Asiático.jpg no twitter: @popasiaticojpg, e se você gostou muito dessa lista (Ou gosta muito desse blog) e quer ajudar com alguma contribuição jogando moedas na minha fonte para pagar minhas contas, manda um pix esperto para a chave: dougielogic@gmail.com.
Adorei ver WJSN The Black e Utada no top 10!
Aliás, adorei também o álbum novo da Utada; estava achando que ele ia ficar uma bagunça, mas pra minha surpresa, ficou muito bom e bem agradável de ouvir.
Tomara que o álbum novo da Koda Kumi também se mostre uma surpresa positiva.
Ahwn, mesmo décimo, terceiro e segundo lugar que o meu! <3
Adorei mais alguém colocando as The Black no TOP10!
[…] Um 13° lugar hoje em dia não é algo ruim para um girlgroup, mas levando em conta que esse é o primeiro single do 4minute que não figurou no Top 10 do Gaon, “Hate” foi um grande flop. O “Act 7” também não foi bem vendendo menos de 10 mil cópias e aí o destino estava selado. “Hate” ainda fez um barulho com a fanbase internacional mas em 2016 o público internacional não alimentava tanto um girlgroup de kpop como hoje em dia, a Cube decidiu acabar com o grupo na primeira oportunidade. Hyunão ainda ficou um tempo na Cube para promover a carreira solo, e as outras bateram perna da empresa para alimentar uma carreira de atriz ou aparecer na lista de melhores músicas do Asian Pop em conceituados sites anos depois. […]