Top Top.jpg: 10 músicas de aliadas GLS para você botar na sua playlist de orgulho em junho

Tal como o Momoland lançando a mesma música por uns bons anos para tentar replicar a magia de “Bboom Bboom”, aqui estou novamente para falar de aliadas do LGBTQIA+ que alimentam essa minoria com farofas safadíssimas que somente grandes divas pop do chart club/dance da Billboard poderiam oferecer. E o Top Top.jpg de hoje está aqui para apresentar 10 músicas que vão deixar sua playlist mais colorida e purpurinada com essas divas que podem até ser conhecidas do povão (Ou não), mas que sem dúvidas fez a alegria dos homossexuais com seu som perfeito para alimentar qualquer boate LGBTQIA+ por aí:

10º lugar — Apink – Eung Eung

O revamp do Apink foi certamente a coisa mais homossexual do K-pop recente, com as meninas largando o template de garotas inocentes vivendo o primeiro amor para adotar a skin de mulheres tristes com tesão que sempre rendem uns synthpop maravilhosos no mundinho K-pop. E a melhor dessas músicas mais recentes do Apink DE LONGE é “Eung Eung”, que traz todo o drama, melodia, batidão e excesso de rosa que somente um grupo de senhoras pensando em alimentar gays de todo mundo poderia oferecer. Não foi a coisa que mais deu certo na Coreia, mas foi aclamada no nicho de gays de twitter que, com essa música, transformou o Apink nas madrinhas dos gays dessa geração.

9º lugar — Tiffany Young – Magnetic Moon

Tivemos um breve momento em que a Tiffany Young viu que não tinha nada a perder com sua carreira solo e decidiu ser a Kylie Minogue do K-pop. Então ela foi lá, pegou umas demos que o Garibay não fazia ideia que estavam esquecidas na gaveta dele, olhou no fundo dos meus olhos e falou: Essa daqui eu vou lançar para você, gay. E aí tivemos “Magnetic Moon”, que fez os fãs pararem de defender todas as músicas mais ou menos que ela tinha lançado até então pois FINALMENTE um hino de verdade estava entre nós. A Tábata Amaral do SNSD até que tentou ser uma aliada GLS nesse último comeback (E conseguiu, convenhamos), mas Tiffany Young sempre terá um lugar no meu coração e na playlist mais mulher viado que tenho no spotify.

8º lugar — Hồ Ngọc Hà – Keep Me In Love

Teve uma época em que eu era obcecado em achar crocâncias de divas pop vietnamitas, e uma das que mais me impactou foi “Keep Me In Love” da Ho Ngoc Ha. Alguém precisa apresentar essa música para o DJ da boate Blue Space, pois é A CARA daquele lugar uma farofa poderosíssima e luxuosa como essa aqui, flertando na música tribal do auge da dupla Lorena Simpson e Filipe Guerra, com vocais extremamente prazerosos e um pós refrão extremamente homossexual para gogoboys sem camisa com seios fartos se roçarem no auge da noite na boate. E a própria Ho Ngoc Ha botou um monte de machos sem camisa para alisar no MV enquanto serve looks, poder e beleza, provando que é realmente uma aliada da comunidade gls.

7º lugar — Namie Amuro – Stranger

Ouça a música completa no spotify

Namie Amuro é a personificação de aliada GLS. Homofobia? Ela nunca teve medo de viadinho na vida, e por isso mesmo lançou uns 4 álbuns de estúdio focados em servir farofas para os buracos mais quentes e insalubres da vida noturna de Tóquio. O ápice disso é “Stranger”, que está longe de ser a maior farofa da Namie mas é a que mais grita boate LGBTQIA+ com uma drag queen de nome Sasha Destroyer batendo cabelo e estourando seu tuck no chão em death drops e splits enquanto o público vai a loucura gritando “YASSSSSS KWEEENNN WEEEERRRK” e outras palavras que aprenderam assistindo RuPaul’s Drag Race. “Stranger” é a melhor definição de suporte ao LGBTer que a Narcisa Tamborindeguy de Okinawa poderia entregar.

6º lugar – Kyungri – Blue Moon

Nem sempre uma grande diva pop possui a opulência e orçamento milhões de wons para gravar vídeos luxuosos, mas a luta e garra para alimentar homossexuais com 20 reais e um sonho tem que ser apreciada também. Na cara e coragem, Kyungri foi numa boate, pegou 12 homossexuais para gravar uma coreografia, comprou 100 reais de decoração na lojinha do Brás e acreditou que os gays segurariam a mão dela. A maioria nem ficou sabendo dessa música, mas a meia duzia de viados que souberam viram em Kyungri uma mãe, e “Blue Moon” foi o leite que eles precisavam para se manter vivos com uma farofa house de clube extremamente sensual e hipnótica. Um marco para a esfera de solistas de girlgroups nugus do K-pop.

5º lugar — E-Girls – RYDEEN ~Dance All Night~

Eu amo isso aqui. Alguém na avex olhou para “RYDEEN” do Yellow Magic Orchestra e pensou: “Hum, dá para transformar esse instrumental em um batidão de grande gostosa para alimentar homossexuais hein”, deram uma letra para as gatinhas do E-Girls e falaram: “Façam história”. E assim fizeram. “Dance All Night” é um show de luzes, poses, brilho, coreografia e um bate cabelo de 5 minutos frenético e intenso, sem perder o fôlego em nenhum momento. Cada parte dessa música é sensacional e me dá vontade de fritar loucamente com um drink coloridíssimo enquanto luzes coloridas piscando iluminam minha noite e acabam com a minha visão. Esse tipo de farofa colorida e explosiva é tudo que o mundinho LGBTQIA+ adora ver.

4º lugar — Elva Hsiao – Miss Elva

Em 2010 Lady Gaga e Black Eyed Peas dominavam o pop com seus farofões eletropop e estética mais futurista e apocalíptica, e muita gente foi nesse embalo. A Elva Hsiao foi uma dessas artistas que serviu um eletropop futurista para boate gay durante uns bons anos, mas a minha recomendação para esse post é “Miss Elva” por ser absolutamente tudo que uma música pop de 2010 tem que ser: Vozes robóticas, autotune safado, figurinos questionáveis que ninguém teria coragem de usar hoje, enredo mais futurista servindo tecnologia intel e, claro, um farofão crocantíssimo para não deixar nenhum gay da extinta The Week parado. Se isso fosse parar nas mãos de alguma gostosa da SM provavelmente seria um marco na comunidade gay kpopper (Tanto é que “Hurricane Venus” da BoA é lembrada até hoje né).

3º lugar — BÍCH PHƯƠNG – Đi Đu Đưa Đi

A Bich Phuong é uma das minhas obsessões de artistas pop do Vietnã, e muito disso é por causa de “Di Du Dua Di” ser icônica. O batidão disco é sensacional e os versos são deliciosos cumprindo bem com a ideia de fazer o ouvinte viajar para as boates disco dos anos 70, mas o que me ganha aqui é o batidão do refrão, com o pré-refrão envolvente te deixando no clima para uma virada icônica e *BOOM* o instrumental deixa você ainda mais homossexual do que já é. “Di Du Dua Di” é uma daquelas músicas que traz direitos para os gays, e qualquer aliada gls devia ter na playlist para mostrar cultura, riqueza e glamour para a nação. Se você tiver um tempinho para apreciar um pop de viado vietnamita, essa música é perfeita.

2º lugar — Maki Nomiya – The Night Is Still Young (feat. Night Tempo)

Não conheço quase nada da Maki Nomiya ou do Pizzicato Five, mas a participação do Night Tempo em “The Night Is Still Young” me deixou curioso para ouvir e ver o que essa senhora tinha a oferecer… E terminei essa música 93% mais estilosa e chique. “The Night Is Still Young” tem aquele ar glamuroso e fashion de uma noite japonesa que já existe na música original do Pizzicato Five, mas numa sonoridade mais contemporânea, sem perder o glamour e o clima de editorial de moda que essa música trazia antes e serve com ainda mais força agora. “The Night Is Still Young” é uma ótima reimaginação do trabalho do Pizzicato Five, e a Maki Nomiya conseguiu lançar um dos melhores trabalhos do meu ano de 2022 até aqui (Ok que a música é do final de 2021 mas ela vai aparecer bem alto no meu ranking de 2022, então vocês entenderam).

1º lugar — Uhm Jung Hwa – Watch Me Move

Para quem não conhece história ou não segue nenhum entusiasta de senhoras de meia idade que são divas pop, Uhm Jung Hwa é basicamente a mãe de todo o K-pop, e praticamente toda coreana metida a idol ou artista tem ela como inspiração até os dias de hoje. Depois de um longo hiatus se dedicando a carreira de atriz, a cantora voltou para o K-pop com “The Cloud Dream Of The Nine”, e a 1ª parte do álbum foi um grande evento homossexual com “Watch Me Move”. Os primeiros segundos da música já entregam todo o brilho e purpurinagem que uma música gay tem que entregar. Aí a mãe do pop e começa a sussurrar em cima desse batidão safadíssimo, e “Watch Me Move” vira uma das músicas mais perigosas e provocantes que o K-pop já lançou. A Uhm Jung Hwa sabia exatamente o que estava fazendo com esse single, e acertou em cheio com tudo que ela pretendia: Arrebatar gays para aclamá-la como a eterna fodona do K-pop.

3 comentários sobre “Top Top.jpg: 10 músicas de aliadas GLS para você botar na sua playlist de orgulho em junho

  1. Ótima lista! A única mudança que eu faria nela é colocar a música da Maki Nomiya em último lugar, principalmente com a versão original sendo bem melhor (mortx com a gata usando um walkie talkie como se fosse celular no clipe, além das ótimas habilidades na baliza). E até chocadx que algumas divas não tenham aparecido aqui no ranking:

    https://www.youtube.com/watch?v=BYqIC-SriZA

    https://www.youtube.com/watch?v=NpyoDiXWRhM

    https://www.youtube.com/watch?v=UPdlfIhzPEo

    https://www.youtube.com/watch?v=VXJdG0elwSY

    (só não falo da Ayu por ela já ter sido mencionada)

    • E para as meninas, temos a clássica “Heart Attack” da Dona Xú.

      Mas acho que a maior ausência aí foi da Jolin Tsai. Além da mulher ter VÁRIAS músicas que vão contra a heteronormatividade, ela sempre se colocou como aliada da sigla – e ao contrário de alguns nomes que só se declaram aliados quando convém, ela se manteve como aliada mesmo quando foi boicotada por isso. E o mais legal: apesar de tudo isso, na hora de receber os elogios pelo envolvimento na causa, ela faz questão de apontar que considera que o que ela faz é pouco e é a própria comunidade LGBTQIA+ que merece esses elogios.

Os comentários estão desativados.