Year End 100: As melhores músicas do Asian Pop em 2021 (Parte 5)

E chegamos ao Top 40 das melhores faixas do Asian Pop em 2021, pois quem diria que conciliar uma lista de melhores músicas do ano com um trabalho de assalariado daria TANTO trabalho, não é mesmo?! É mais ou menos nessa parte que vocês param de enxergar as músicas que eu listo como injustiçadas que mereciam o Top 10 e passam a pensar “Puta merda como esse gay botou essa música tão alto?”, mas vocês vão segurar a minha mão e aclamar mais 15 músicas que fizeram 2021 ser um ano bem gostosinho para a música asiática:

40. CAPSULE – Future Wave

O retorno do CAPSULE ao J-pop depois de 6 anos foi a melhor coisa que rolou em 2021, e a prova disso é que a música mais fraca da dupla esse ano aparece no Top 40 da minha playlist de melhores músicas do ano. O Nakata acertou em cheio apostando nesse conceito retrofuturista, a ponto de fazer uma faixa de SEIS MINUTOS E MEIO ser icônica assim em pleno 2022. “Future Wave” tem uma energia cósmica maravilhosa, como se estivesse me levando ao espaço a cada sintetizador e os vocais processadíssimos da Toshiko estão no ponto certo para completar essa magia que “Future Wave” traz ouvindo. Mesmo sendo a faixa menos forte desse comeback, ainda é uma música icônica do CAPSULE.

39. Night Tempo – Night Light (feat. Sayumi Michishige)

Outro produtor que foi um prazer conhecer esse ano foi o Night Tempo, que aproveitou o hype atual do City Pop como o gênero hipster do momento, modernizou para os dias de hoje e fez do “Ladies In The City” um dos melhores álbuns de 2021. Um dos destaques do álbum é “Night Light”, em parceria com a eterna fodona do Morning Musume Sayumi Michishige, que surpreendeu em um estilo mais sóbrio do que o que ela costuma promover na sua carreira solo. “Night Light” é uma graciosa faixa retrô que me deixa numa vibe tranquila e super aconchegante de ouvir como todo ótimo City Pop deve ser.

38. FEMM – Private Dancer

O FEMM 2.0 retomou todo aquele hype que a dupla tinha entre as 10 gays mais alternativas que adoram uma fritação J-pop e ainda lembram que elas existiam, e grande parte disso se deve a “Private Dancer”, que reviveu todo aquele estilo EDM original e ousado que fez o FEMM ganhar nome lá nos tempos do FEMM-Isation. “Private Dancer” tem aquela agressividade e audácia que torna a música hipnotizante, e eu fico vidrado com cada transição deixando a música ainda mais forte. “Private Dancer” é um farofão de respeito, mostrando que o FEMM ainda tem muito o que mostrar.

37. BÍCH PHƯƠNG – Đố Anh Đoán Được

Bich Phuong acabou sendo a única vietnamita que eu venho acompanhando religiosamente pois sempre solta um bop delicioso para minha playlist asiática ficar ainda mais crocante, e em 2021 não foi diferente com “Đố Anh Đoán Được” sendo a delicinha disco pop inspirada em “Say So” da Doja Cat que ficou ainda mais exótica e atrevida. Gosto desse jeito mais ousado dela misturar gemidões e versos rápidos, é esperto e encaixa muito bem nesse discozão apaixonante. Não é toda hora que a Bich Phuong serve um bop para os gays assim, mas ela sabe muito bem o que fazer para me conquistar como a maior vietnamita do pop.

36. Lala Hsu – None Of The Above

Outra que ousou e acertou muito com um single fora da casinha esse ano, Lala Hsu mostrou amadurecimento e personalidade para interpretar de forma tão artística um pop tão obscuro e tenso quanto “None Of The Above”. A parte sinfônica da faixa é gloriosa, dando uma energia épica para a música, e os vocais da Lala são sensacionais, deixando essa música ainda mais opulente. “None Of The Above” é uma faixa muito difícil de ser sustentada pois pode soar pretensioso demais e virar uma chatice em uma voz mais simples, mas a Lala Hsu mostrou que tem muitas camadas e uma voz versátil que passeia de forma belíssima por toda a música. Encantadora do início ao fim.

35. Cherry Bullet – Love So Sweet

Adotada pela maior parte da fanbase como a música de girlgroup mais injustiçada de 2021, “Love So Sweet” tem muitos méritos aqui, desde o synthpop docinho até o ritmo mais dinâmico e sutil, focado em ser a música mais adorável possível. É uma faixa de girlgroup bem “raiz” sabe, sem todos aqueles maneirismos e batidões industriais que viraram marca no K-pop atual. “Love So Sweet” é uma faixa carismática e fácil de gostar, fazendo dessa a melhor faixa do Cherry Bullet até aqui.

34. Yubin – Perfume

Essa daqui talvez esteja mais alto do que vocês imaginam nessa lista mas FODA-SE, a Yubin conseguiu voltar para o pop retrô de forma independente e da melhor maneira possível. “Perfume” é a tentativa clara de Yubin mostrar todo seu lado poderoso de diva pop, e musicalmente a gata manda muito bem nesse synthpop enérgico e emocionante, e a voz mais grave e sensual da Yubin dá um sabor único para a música. Gosto de como “Perfume” soa dentro e fora da zona de conforto da Yubin ao mesmo tempo, e acho memorável a forma hipnotizante na qual a música se desenvolve. Um verdadeiro bop.

33. Chungha – Demente (feat. Guaynaa)

A Chungha vem se dedicando muito nos últimos anos em ser a maior coreana latina da história, e tudo isso culminou no lançamento de “Demente”, a latinidade reggaeton com Chungha cantando em ESPANHOL e chamando o porto-riquenho Guaynaa para mostrar ainda mais sua conexão com a América Latina. O espanhol da Chungha é crocantíssimo (Ainda mais na versão onde ela canta tudo em espanhol) e isso deixa a música mais legal para mim, além do instrumental envolvente e da ousadia da coisa toda que me conquistou só pelo choque e foi crescendo ao longo do tempo. O QUERENCIA é um álbum com faixas muito boas, mas “Demente” é de longe a mais memorável comigo.

32. Serri – MyMyLove

Desde que a Serri começou a brincar de ser solista com o fim do Dal Shabet eu estava esperando aquela música deliciosa e bem pop para eu aclamar como se fosse a melhor música da história, e talvez esse momento tenha chegado em 2021 com “MyMy Love”. A música é mais uma mamada coreana safadíssima no City Pop japonês, mas gosto de como essa música se preocupa mais em ser “pop” do que “city”, e “MyMy Love” acaba indo além da faixa atmosférica para se caminhar da cidade, sendo também algo dançante e animado. Claro que se não fosse a Serri cantando essa música estaria bem mais abaixo (Ou nem apareceria nesse Top), mas se Deus escolhe suas favoritas para hitarem no K-pop, eu também posso escolher as minhas para hitarem nesse blog.

31. Brave Girls – After We Ride

2021 foi um ano de muitas vitórias para o Brave Girls, que finalmente subiu na vida e acumulou muitos hits durante o ano. Porém, musicalmente falando, a música mais legal do grupo foi feita para o relançamento do grande retorno delas que passou mais batido mas é simplesmente incrível. “After We Ride” é como uma continuação espiritual de “We Ride”, em uma música mais emotiva e de uma atmosfera mais fantasiosa, levando o ouvinte a um lugar mágico de ouvir com um synthpop delicioso e que traz boas sensações de ouvir. “After We Ride” me lembra muito o que Carly Rae Jepsen fez no “EMOTION”, e como eu sou um dos gays que acha esse um dos álbuns mais injustiçados do pop, também acho que “After We Ride” foi uma das músicas mais legais que o K-pop soltou esse ano.

30. Lee Hi – Red Lipstick (feat. Yoonmirae)

Já tinha um tempo que a Lee Hi estava fora do meu radar por conta de músicas que não prendiam a minha atenção, mas esse ano ela reverteu isso em “Red Lipstick” juntando tesão que o jovem adulto coreano tem por estética retrô com o tesão que eu tenho por músicas que modernizam sonoridades mais retrô. O synthpop 80’s está incrível e serviu muito bem tanto para os vocais que imprimem força e suavidade ao mesmo da Lee Hi quanto para os raps sempre excelentes da Yoon Mirae (Que, para quem não conhece, é só aquela que toda rapper na Coreia quer ser). O resultado é uma faixa divertida, deliciosa e que mostra que a Lee Hi ainda tem muitas cartas na manga para me surpreender.

29. MAX – Do Shot

A avex pode estar na pindaíba vendendo o almoço para pagar MVs da Kalen Anzai, mas pelo menos garantiu o calcitran das tias do MAX lançarem mais um hino para senhoras de meia idade que querem viver a vida leve e plena como peruas que são. “Do Shot” é um número disco maravilhoso como tantos outros números disco maravilhosos que já apareceram por aqui, mas o charme de tiazonas das 4 ex dançarinas de Namie Amuro dá um tom bem mais simpático e atrativo para essa música, como se eu viajasse para a década de 80 para sentir os embalos dessa delícia porque, bem, elas viveram e estavam prontas para servir os anos 70/80 em 2021. O MAX já vem pisando na Namie Amuro só por terem saúde para continuar com a carreira ao invés de aposentar aos 40, e “Do Shot” é uma música que a própria Namie Amuro mataria para ter no catálogo.

28. Crystal – Refraction Overdrive

Eu não faço a mínima ideia de qual buraco esse CRYSTAL surgiu para eu saber que existe, mas a instituição “dupla de produtor+vocalista” é algo que o Japão faz muito bem e não seria diferente com eles. O synthpop oitentista é bem raiz, com a produção não modernizando nada e tentando me transportar direto para o pop futurista dos anos 80, onde todo mundo imaginava conhecer novos planetas, alienígenas e tecnologias em 2022. Tanto essa música quanto o álbum me fizeram felizes de curtir essas viagens retrô asiáticas, então se você é um gay descolado que vive caçando artistas independentes para apoiar, o Crystal é uma excelente indicação.

27. Cheetah – Villain (feat. Jamie)

Eu gosto desses trabalhos mais crítica social foda que a Cheetah lança casualmente na Coreia pois ela parece ter conteúdo e personalidade para sustentar músicas assim. “Villain”, por exemplo, tem um ótimo e simples instrumental, mas o que deixa a música icônica e memorável a ponto de aparecer tão alto na minha playlist é esse jeito mais debochado e desbocado da Cheetah mandar seu flow, mostrando que não está interessada em dar bola para VOCÊ mesmo comigo querendo a atenção dela falando que essa música é incrível, e a participação da Jamie no refrão é ótima e valoriza muito “Villain” também. O contraste de vocais é incrível, e faz de “Villain” uma das faixas mais únicas que 2021 fez questão de lançar.

26. Sunmi – Tail

No início do ano a Sunmi decidiu que reviviria os tempos onde sexy concept, ligações com animais e maiôs eram tendência para fazer uma faixa bem piranhesca para os gays. Então ela encarnou sua mulher gato interior, botou as guitarradas do Frants numa midtempo sensual de 2014 e saiu distribuindo o rabo mo Melon para a Coreia aproveitar “Tail”, um grande revival da piranhagem gratuita para os gays que estavam com saudades de mostrar seus rabos por aí em uma faixa perigosíssima. A guitarra pela faixa inteira deu uma agressividade ainda mais sedutora para “Tail”, e a Sunmi entregou tudo na interpretação mais rasgada dessa faixa. Se isso é uma grande homenagem para os grandes conceitos de gostosonas da segunda geração do kpop, eu sinto que a Sunmi fez o melhor trabalho possível.

6 comentários sobre “Year End 100: As melhores músicas do Asian Pop em 2021 (Parte 5)

  1. ctz q um coreano morre toda vez q a sunmi faz a parte da coreagrafia de tail q ela se esfrega em todo mundo encima de uma cadeira

  2. Incrível como Do Shot é uma música da Namie até no nome. MAX continua surrando essa aposentada

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