Year End 100: As melhores músicas do Asian Pop em 2022 (Parte 4)

NO CORTE ANTERIOR: Tivemos mais músicas que só eu e uns 10 homossexuais ouviram na vida e foi só isso mesmo. Mas agora as coisas prometem ficar um pouco mais familiares com véias de guerra voltando para o K-pop depois de anos, novos atos que estão fazendo a alegria da fanbase, um dos grandes hits do ano e grandes gostosas servindo grandes bops para as baladas GLS. O Year End 100 desse ano chegou na metade, e as músicas que ficaram no meio dessa icônica lista você confere agora:

55. WJSN – Last Sequence

Você lembra das músicas que os grupos do Queendom 2 lançaram depois do programa? Pois é menina, eu também não lembro de nada COM EXCEÇÃO DE “Last Sequence” das garotas cósmicas, que seguiu com o legado de “Unnatural” e serviu um bopzão house homossexual delicioso para fazer pose e carão enquanto sirvo performances lacrativas e babadeiras. Se essa for a música que vai fazer o grupo cantar para subir do jeito que estou apostando, pelo menos elas vão subir aos céus com um maravilhoso hino GLS (Dá vontade né, Loona?)

54. Sunye – Just a Dancer

Quem diria que a Sunye sairia da igreja da Record que ela estava e voltasse para o K-pop com um dark pop elegante e maduro que mostra que ela é uma mãe de família pronta para ser a mãe dos gays em uma boate questionável com um club banger desse nível. É o melhor farofão pop com batida mais lenta e pesada que você vai ouvir na vida? Provavelmente não, mas ainda tem aquela dedicação em servir um pop sofisticado que exala vontade de servir uma performance chique e poderosa, com cada verso deixando as coisas ainda mais intensas e babilônicas. Um ótimo trabalho.

53. STAYC – Beautiful Monster

Provavelmente eu sou a única pessoa que não só ouve “Beautiful Monster” até hoje como prefere ela a “RUN2U”, mas aqui estou para soltar a minha verdade e dizer que essa música é adoravelmente única no K-pop. O STAYC conseguiu achar um equilíbrio entre a melodia mais descolada e adolescente de “ASAP” e “Stereotype” e as batidas mais fortes e performáticas de “So Bad” e “RUN2U” para criar uma música que brilha tanto pela força quanto pelo carisma. Uma pena que essa música não hitou, mas pelo menos entre as belas monstrengas como euzinho “Beautiful Monster” se destacou como o melhor single do STAYC esse ano.

52. Ado – Yukueshirezu

É engraçado que normalmente eu não me importo muito com as músicas da Sheena Ringo mas fiquei curioso em ver essa colaboração com a Ado pois queria ver como uma música da Ringo funcionaria sem o charme do vocal único de ganso agonizando que ela tem. E não é que ficou muito bom? Ao mesmo tempo que “Yukueshirezu” tem a cara e estilo de Sheena, a Ado conseguiu dar todo o drama e intensidade de música de anime que faz essa faixa ser memorável e única tanto como produção da Ringo quanto para um rockzão abrindo qualquer anime. Intrigante, e por isso mesmo incrível.

51. Suzy – Satellite

Quando a Suzy anunciou seu comeback solo em 2022 eu fiquei chocado pensando “Como assim essa mulher tem vontade de cantar sem o JYP apontando uma arma na cabeça dela?”, e quando ela lançou “Satellite” eu fiquei abismado com a qualidade não só da música, como dos vocais graves e mais consistentes de uma mulher que desce 12 maços de derby por semana para sobreviver ao caos. “Satellite” é um rock/ballad que, ao mesmo tempo que você ouviria em um barzinho coreano, tem a elegância e beleza de uma artista que sabe muito bem quais sentimentos transmitir para uma faixa difícil e transformar em uma música mágica. Se a Suzy quer reviver em mim toda a magia que eu tenho ouvindo Loveholic, eu aceito numa boa.

50. KARA – When I Move

O principal ponto do comeback do KARA para outros comebacks de grupos velhos do K-pop é que “When I Move” é uma faixa que não parece uma celebração ou recado para os fãs de longa data, mas um retorno pra valer de um grupo que quer mostrarque ainda é aquele grupo de fodonas que dominou a Coreia e o Japão. “When I Move” é um clássico do KARA, um popzão carregadíssimo, colorido, um pouco dramárico e muito dançante, que transmite todo o carisma das integrantes em uma faixa libertadora que me dá vontade de dançar a todo instante.

49. Billlie – Ring Ma Bell

O Billlie teve seu grande momento de 2022 com “GingaMingaYo” e a Tsuki virando a maior palhaça japonesa da Coreia, mas o grande trunfo do grupo esse ano foi “Ring Ma Bell” mudando toda a energia espivetada e doidinha do comeback anterior para trazer um pop/rock de patricinha punk que deu uma carreira para Avril Lavigne nos anos 2000 e também combinou muito bem com elas. “Ring Ma Bell” é extremamente divertida e mais uma faixa que experimenta o quão versátil e amplo o Billlie consegue ser dentro dos conceitos de K-pop, ao mesmo tempo que servem um hino de qualidade ímpar que mostra muito bem o quão injusto é o Billlie ainda não ter vingado no mainstream do K-pop.

48. Lexie Liu – FORTUNA

Mais Lexie Liu aqui no blog \o/ Dessa vez com “FORTUNA” trazendo um synthpop progressivo e hipnotizante que é muito bom em toda sua execução. Essa música me traz a mesma sensação de “Sweet Guilty Pleasure” da Jolin Tsai de ser uma música frenética e propositalmente “distorcida”, com sintetizadores desconfortáveis que são difíceis de entender num primeiro momento mas que eu fico curioso para ver até onde a música vai chegar, e o resultado é uma música controladora e arrepiante que me deixa empolgado e vibrando a cada momento, crescendo mais e mais na minha mente. Uma música brilhante.

47. Chanmina – Tokyo 4AM

A Chanmina meio que focou mais seus esforços em singles coreanos esse ano, mas ela não deixou o Japão órfão de um bom bop do pop/rock com “Tokyo 4AM”. Uma música festeira, para organizar uma social e beber todas até não saber o que está fazendo acordado? Sim, temos. “Tokyo 4AM” é ideal para cometer loucuras de gente jovem e inconsequente, pois é uma música que me impulsiona a ser um gay mais livre, leve e solto sem me preocupar com os problemas que assolam a minha vida pois só se vive uma vez e tenho que viver ao som desse rockzinho maroto até as 4 da manhã. A mãe é boa em servir hinos descompromissados para alcóolatras, e “Tokyo 4AM” é a prova disso.

46. Kaela Kimura – Magnetic (feat. AI)

A Kaela Kimura sempre aparece como recomendação no meu streaming pois eu frequentemente ouço “OLE!OH” que é uma das minhas músicas favoritas do J-pop, e no fim de 2022 ela lançou seu novo álbum “Magnetic”, que achei uma viagem bem alucinante e excitante enquanto ouvia. O destaque vai para a faixa título servindo um moonbahton exótico que valoriza a interpretação mais despojada e fora da casinha que a Kaela adotou para essa música, assim como o rap da AI que é curtinho mas bastante eficaz. Se você frequenta esse blog esperando alguma recomendação de música japonesa obscuríssima de alguma senhora que 10 homossexuais fora do Japão conhece, essa música da Kaela Kimura é uma ótima opção.

45. Younha – Oort Cloud

Essa adição aqui é meio que uma “trapaça” pois “Oort Cloud” é de novembro de 2021, mas eu não aclamei essa música na época e “Oort Cloud” acabou entrando no embalo do sucesso repentino que a Younha conseguiu no final do ano passado com “Event Horizon” então HEY! Por que não aclamar esse hino agora, né? “Oort Cloud” é uma linda canção, um country rock com charme de garota do interior vindo fazer história na cidade grande e viver o sonho americano. É uma música que não diminui o ritmo em nenhum momento e sempre mantém aquela emoção e vitalidade que faz qualquer faixa ser marcante. Uma grande música para a carreira da Younha, que eu finalmente posso mencionar por aqui.

44. (G)I-DLE – Tomboy

“TOMBOY” ganha muito por ser um pop/rock mais desbocado e debochado onde, pela primeira vez nos meus ouvidos, todas as integrantes tem seu momento de brilhar. A Soyeon conseguiu equilibrar boas partes para todas as integrantes terem seu brilho, e a produção mais ousada e irreverente cria uma faixa que não se leva a sério nisso de gatinhas punk fazendo um rockzão adolescente e por isso mesmo é tão cativante. Normalmente as músicas do (G)I-DLE não duram muito comigo, mas “TOMBOY” é uma grata exceção que me deixa feliz ouvindo até hoje.

43. Chungha – XXXX

O grande destaque dessa primeira do 2º álbum da Chungha, “XXXX” ganha por ser um dark pop extremamente tenso e sexual, daqueles onde cada grave mais pesado bate de forma tão forte que até me arrepia ouvindo. “XXXX” é uma música que dá tesão, apesar de não ser uma faixa sobre sexo (É a Chungha ligando o foda-se para os haters e vida que segue), mas o instrumental é tão agressivo e passional que a música acaba me dando a libido de 15 Chungha subindo na bicicleta. “XXXX” é aquela mensagem mandando os haters ir a merda enquanto Chungha é gostosa em uma faixa safada e suja que Luisa Sonza tenta fazer desde que decidiu ser alguma coisa no pop, mas só tenta mesmo.

42. Miliyah – Kill My Love

A Miliyah já foi mais antenada nas tendências e certamente lançar uma farofinha Tropical/Dancehall em pleno 2022 parece a coisa mais datada do mundo mas HEY! Ninguém mais está fazendo isso e a batidinha mais simples e destacada serve muito bem para criar uma faixa refrescante e energizante de verão. O fato de ser muito fã da Miliyah contribui para essa música aparecer tão alto nessa lista, mas “Kill My Love” é o tipo de faixa que me contagia e me faz ser uma pessoa mais leve que aprecia os momentos brilhantes e confortáveis que essa música traz para o meu coração.

41. Chanmina – Don’t Go (feat. ASH ISLAND)

Esse ano a Chanmina decidiu ir além do J-pop e debutar também no K-pop com suas primeiras músicas em coreano, mas sem deixar de lado sua persona mais birutinha e obsessiva que fez seu nome no Japão. “Don’t Go” tem todo o estilo dramático, intenso e agressivo que me faz amar a rapper, e a música ainda mistura um synthpop delicioso no trapzão da gata que faz brilhar ainda mais a personalidade e interpretação tanto da rapper quanto do ASH ISLAND, produzindo uma música icônica e mais um grande destaque da carreira subestimadíssima da Chanmina (Mas uma hora ela vence, fé).

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